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Suíça aperta regras ao UBS e Credit Suisse

O Governo suíço está a trabalhar numa proposta que obriga os maiores bancos a ter um rácio de alavancagem de 5%, diz a Bloomberg. É mais do que o mínimo global de 3% mas menos que os 6% avançados pelo Parlamento.

Bloomberg
Negócios 13 de Outubro de 2015 às 11:17
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A Suíça prepara-se para apertar as regras impostas ao UBS e ao Credit Suisse. O Ministério das Finanças está a trabalhar numa proposta que obriga a um rácio de alavancagem maior, indicador que calcula o peso que o capital próprio da instituição tem em relação aos activos totais. A imposição de um rácio mais elevado, como pretendem os reguladores e o Governo helvéticos, é uma forma de garantir que as instituições financeiras são capazes de absorver crises financeiras.

 

A Bloomberg revela que o rácio de alavancagem que o Governo suíço, através do Ministério das Finanças, quer é de cerca de 5%. Ou seja, o capital próprio (património de melhor qualidade) tem de representar 5% dos activos totais (onde se insere o crédito concedido).

 

Até aqui, o Comité de Basileia, que junta as principais autoridades de supervisão, define que os bancos devem ter um rácio mínimo de 3%. Há países que, temendo maiores problemas no sector financeiro, querem impor regras mais apertadas. É o caso dos Estados Unidos e da Suíça. No caso de Berna, a questão coloca-se porque o valor combinado dos activos dos dois maiores bancos representa três vezes mais do que o produto interno bruto da Suíça, como refere a Bloomberg.

 

A câmara baixa do Parlamento suíço já aprovou, no final de Setembro, uma proposta que define que o rácio de alavancagem deve ser de 6% - algo que ainda carece de votação na câmara alta e de ratificação do Executivo. 


A exigência de rácios de alavancagem mais elevados do que o mínimo exigido actualmente obriga as instituições financeiras a deter mais capital – o que poderá obrigar a reforços feitos, por exemplo, através de operações de aumentos de capital.

 

De acordo com a Bloomberg, o UBS detinha um rácio de alavancagem de 3,6% e o Credit Suisse de 3,7%. O que deixa por alcançar mais de um ponto percentual do capital próprio face ao activo total. A agência falou com analistas que dizem que este último tem uma reduzida margem para alcançar um rácio de alavancagem de 5% sem pedir capital extra no mercado. Daí que os bancos se mostrem contra esta exigência adicional, idêntica à dos EUA. A defesa é, como cita a Bloomberg, de que a possibilidade de contabilização de cálculo do capital próprio nos EUA está mais facilitada tendo em conta a estrutura do mercado financeiro.

 

As acções do UBS estão a subir 1,28% para 19,85 francos suíços ao passo que o Credit Suisse recuam 1,78% para 23,74 francos.

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