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Sindicatos conseguem que redução de pessoal do CaixaBank seja sem despedimentos

Está aberto o caminho para um acordo entre o maior accionista do BPI e os sindicatos para uma redução de 750 trabalhadores. Falta apenas entendimento na diminuição de remunerações.

Negócios 15 de Junho de 2015 às 16:57
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Não vai haver despedimentos forçados no CaixaBank. Serão saídas voluntárias. Os catalães responderam ao pedido dos sindicatos, que defendiam que o ajustamento da força de trabalho tinha de ser feito de forma voluntária. O banco já tinha considerado que havia 750 trabalhadores em excesso.

Esta foi a informação transmitida pela direcção do CaixaBank, maior accionista do Banco BPI que quer ficar com a maioria do capital do banco português, aos representantes dos trabalhadores, segundo informações citadas pela agência Efe.

 

Os sindicatos já tinham dito que estavam disponíveis para um acordo em torno da redução de funcionários se não houvesse despedimentos, ou seja, tinha de haver o acordo do trabalhador para a saída.

 

De acordo com a Efe, há outras intenções defendidas pelos sindicatos dos trabalhadores do CaixaBank aceites pelo banco: a mobilidade geográfica pretendida para 300 funcionários tinha de ser, também, com carácter voluntário.

 

Parece estar assim aberto o caminho para um acordo entre os sindicatos e o grupo catalão. A impedir ainda esse entendimento, e obrigando a mais negociações, estão cortes de remunerações, nomeadamente em suplementos salariais denominadas "ajudas por filhos". O próximo passo será dado com uma reunião a 22 de Junho, segundo a mesma fonte.

 

Desde 2010, o CaixaBank já comprou cinco bancos (Caixa Girona, Bankpyme, Banca Cívica, Banco de Valencia e o Barclays em Espanha) e, em Fevereiro deste ano, lançou uma oferta pública de aquisição sobre o português BPI

 

Para esta quarta-feira, 17 de Junho, está marcada a assembleia-geral do banco presidido por Fernando Ulrich onde os catalães querem ver aprovada a desblindagem de estatutos, que lhes permitirá ter direitos de voto idênticos à sua participação no capital (44%) e não limitados a 20%, como actualmente.

Contudo, não é certo que a reunião se realize, tendo em conta que não há ainda as autorizações de reguladores necessárias (Banco Central Europeu, Autoridade Supervisora de Seguros, Banco Nacional de Angola, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) e os catalães poderão pretender um adiamento. Algo que a empresária angolana Isabel dos Santos, segunda maior accionista do BPI que se mostrou já contra os 1,329 euros oferecidos por cada acção do banco português, não quer permitir. 

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