Notícia
Se Novo Banco não tivesse acelerado venda de malparado, situação seria "catastrófica"
O Novo Banco vendeu grandes carteiras de crédito malparado no ano passado, que permitiram limpar o balanço mas que geraram perdas de milhões. "Foram operações muito bem feitas", garante António Ramalho.
O Novo Banco tem reduzido o nível de malparado através da venda de grandes carteiras de crédito e imobiliário, que permitem limpar o balanço mas, ao mesmo tempo, geram perdas de milhões para o banco. O presidente executivo do banco, António Ramalho, garante que, se estas vendas não tivessem sido aceleradas durante o ano passado, a situação atual seria "absolutamente catastrófica", tendo em conta a crise gerada pela pandemia do coronavírus.
Em audição na Comissão de Orçamento e Finanças, na Assembleia da República, António Ramalho destacou a venda de duas grandes carteiras no ano passado: o projeto "Nata 2" e o projeto "Albatroz". O primeiro diz respeito a uma carteira de 3 mil milhões de euros e o segundo, uma carteira composta por crédito e imóveis em Portugal e Espanha, tinha um valor contabilístico de 308 milhões de euros. A juntar a estes dois, ainda no ano passado, foi também concluída a venda do projeto Sertorius, uma carteira com um valor contabilístico de 478 milhões.
Estas vendas permitiram limpar o balanço do Novo Banco de ativos considerados tóxicos, mas provocaram perdas, no seu conjunto, de 712,4 milhões de euros.
Questionado sobre as razões que levaram o Novo Banco a fechar estas vendas com perdas tão avultadas, António Ramalho frisou que, na altura em que as operações foram concretizadas, "havia condições extremamente positivas para que a redução do balanço fosse feito de forma agressiva". Em concreto, detalhou, "os mercados tinham taxas de juro baixas e estavam otimistas em relação a estes ativos, o que justificava acelerar a limpeza do balanço".
"Decidimos não empurrar com a barriga", resumiu o presidente do Novo Banco. "Se o banco não o tivesse feito, teríamos hoje uma situação absolutamente catastrófica, com um banco de empresas que não teria a mínima capacidade de apoiar a economia e que seria mais um problema e não uma solução", afirmou António Ramalho, referindo-se à crise gerada pelo novo coronavírus.
Para ilustrar a situação atual, o responsável garantiu ter "dúvidas" de que alguns dos compradores destes ativos não venham a incorrer em prejuízos em breve.
Assim, conclui António Ramalho, estas vendas "foram operações muito bem feitas na altura, que tiveram perdas significativas", mas que "libertam o Novo Banco de NPL ["non performing loans"] e que permitem, agora, estar a trabalhar como um banco normal no suporte à economia, coisa que não acontecia há três anos".
Para além disso, António Ramalho diz ter "dúvidas de que haverá condições" para fazer novas vendas "quando o mercado reabrir".
Em audição na Comissão de Orçamento e Finanças, na Assembleia da República, António Ramalho destacou a venda de duas grandes carteiras no ano passado: o projeto "Nata 2" e o projeto "Albatroz". O primeiro diz respeito a uma carteira de 3 mil milhões de euros e o segundo, uma carteira composta por crédito e imóveis em Portugal e Espanha, tinha um valor contabilístico de 308 milhões de euros. A juntar a estes dois, ainda no ano passado, foi também concluída a venda do projeto Sertorius, uma carteira com um valor contabilístico de 478 milhões.
Questionado sobre as razões que levaram o Novo Banco a fechar estas vendas com perdas tão avultadas, António Ramalho frisou que, na altura em que as operações foram concretizadas, "havia condições extremamente positivas para que a redução do balanço fosse feito de forma agressiva". Em concreto, detalhou, "os mercados tinham taxas de juro baixas e estavam otimistas em relação a estes ativos, o que justificava acelerar a limpeza do balanço".
"Decidimos não empurrar com a barriga", resumiu o presidente do Novo Banco. "Se o banco não o tivesse feito, teríamos hoje uma situação absolutamente catastrófica, com um banco de empresas que não teria a mínima capacidade de apoiar a economia e que seria mais um problema e não uma solução", afirmou António Ramalho, referindo-se à crise gerada pelo novo coronavírus.
Para ilustrar a situação atual, o responsável garantiu ter "dúvidas" de que alguns dos compradores destes ativos não venham a incorrer em prejuízos em breve.
Assim, conclui António Ramalho, estas vendas "foram operações muito bem feitas na altura, que tiveram perdas significativas", mas que "libertam o Novo Banco de NPL ["non performing loans"] e que permitem, agora, estar a trabalhar como um banco normal no suporte à economia, coisa que não acontecia há três anos".
Para além disso, António Ramalho diz ter "dúvidas de que haverá condições" para fazer novas vendas "quando o mercado reabrir".