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Santander aprova segundo aumento de capital de 300 milhões no Totta

A assembleia-geral de accionistas do Santander Totta, em que o espanhol Santander tem um peso central, aprovou a injecção de 300 milhões de euros no banco. A operação visa substituir acções preferenciais.

Miguel Baltazar
29 de Fevereiro de 2016 às 16:06
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O Santander Totta já tem autorização dos accionistas para realizar um novo aumento de capital. São 300 milhões de euros de capital que se juntam aos 300 milhões já injectados e que reforçam o capital do banco liderado por António Vieira Monteiro. A instituição financeira tem assegurado que nada tem que ver com o processo de aquisição do banco.

 

Os accionistas do Santander Totta - neste momento, o espanhol Santander, através do Santander Totta SGPS, tem 97,65% do capital, sendo que a Taxagest SGPS detém 2,22%, havendo o restante noutros accionistas – aprovaram esta segunda-feira, 29 de Fevereiro, a operação de aumento de capital proposta, segundo o comunicado emitido através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

O aumento de capital do banco detido pelo grupo de capitais espanhóis passa, se todo o capital for subscrito, de 956.723.284 para 1.256.723.284 euros. "O período de subscrição deverá ocorrer entre as 8:30 horas do dia 3 de Março de 2016 e as 15:00 horas do dia 17 de Março de 2016", indica o comunicado, sendo que os actuais accionistas têm direito de preferência.

 

Na prática, o banco diz que está a pôr em acção um "plano de adequação de capital", que passa pela substituição de duas emissões de acções preferenciais, realizadas em 2005 e 2006 por suas subsidiárias, e substitui-las por capital, dado que, com as novas regras da banca, de Basileia III, as acções preferenciais em causa não contam para capital (e portanto, para os principais rácios).

 

Este aumento de capital, agora aprovado, diz respeito à emissão de 2006. A emissão de 2005 já foi substituída num aumento de capital de 300 milhões de euros realizado em Dezembro. Nessa altura, o capital passou de mais de 600 para 956,7 milhões. Agora, sobe, então, para os 1.256.723.284 euros

 

O banco rejeita, assim, qualquer influência da compra do Banif nesta troca de dívida. Foi uma "coincidência temporal", segundo tem dito o Santander Totta. A instituição comprou por 150 milhões de euros os activos e passivos que quis do banco fundado por Horácio Roque depois de uma injecção de 2.255 milhões de euros estatais neste último no âmbito da medida de resolução. O próprio Santander emprestou 1,8 mil milhões de euros ao Estado para que o financiamento previsto para 2016 não fosse afectado.

 

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