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Santander Totta antecipa quebra da margem financeira devido a juros baixos

O impacto, caso a Euribor diminua em 40 pontos base face ao nível atual, poderá ser de até 100 milhões de euros, antecipa o presidente executivo.

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31 de Julho de 2019 às 14:18
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Tal como o BPI já havia feito, também o SantanderTottaa vem admitir que os resultados do banco vão ressentir-se, nos próximos anos, da política de baixas taxas de juro praticada pelo Banco Central Europeu (BCE). O presidente executivo da instituição, Pedro Castro e Almeida, admite mesmo que, por cada redução de dez pontos base da Euribor (a taxa a que está indexada a maioria dos empréstimos para a compra de habitação), a margem financeira do banco vai sofrer um impacto negativo de 25 a 30 milhões de euros.

"Os bancos vivem de taxas de juro. Na Europa, o ambiente de taxas de juro negativas condiciona muito a atividade dos bancos e, nos últimos meses, houve acontecimentos que vão condicionar a performance nos próximos três anos. Esperávamos já ter a Euribor a 12 meses em terreno positivo, mas, agora, antecipa-se que só haverá taxas positivas em 2024", afirmou o responsável, durante a apresentação de resultados semestrais do Santander Totta, que decorreu esta quarta-feira, 31 de julho.

O impacto é ilustrado com a redução das taxas Euribor. "Por cada dez pontos base que a Euribor está mais negativa, em relação ao que era anteriormente, há um impacto de 25 a 30 milhões de euros na margem financeira. Se se reduzir em 40 pontos base, um banco desta dimensão terá impactos na casa dos 100 milhões de euros", detalhou.

Assim, Pedro Castro e Almeida prevê que "vamos ver uma banca europeia com muito menos rentabilidade" e assume que é preciso fazer ajustes.

"Os bancos têm de estar bem preparados para isso. Importa, perante qualquer situação difícil, estar preparado no ponto de partida. Isso implica ter uma boa base de capital, ter um rácio de NPEE [exposições não rentáveis] baixo, ter uma boa relação com os clientes, ter uma boa base de clientes e uma boa base de clientes de primeiro banco, ter um banco eficiente em termos de cost-to-income". Quanto ao Santander Totta, refere que o banco parte de "uma rentabilidade bastante boa, na casa dos 13%".
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