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Santander condenado a pagar 68 milhões a banqueiro italiano

O Santander perdeu uma batalha judicial contra o banqueiro italiano Andrea Orcel.

Olivia Harris / Reuters
10 de Dezembro de 2021 às 12:23
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O Santander perdeu uma batalha judicial contra o banqueiro italiano Andrea Orcel. A instituição espanhola terá de pagar uma indemnização de 68 milhões de euros, segundo as informações avançadas pela agência Efe.

O agora CEO do Unicredit  processou o Santander em 2019, depois de o banco ter dado "um passo atrás" na contratação do banqueiro, em janeiro desse ano, após  em setembro de 2018 ter tornado público essa mesma oferta.

Na altura, o banco espanhol justificou o seu recuo, por incapacidade financeira. Orcel ainda era diretor do banco suíço UBS e ganhava cerca de 50 milhões de euros ao ano.

O italiano processou então o Santander e reivindicou 112 milhões de euros em compensações, além da  sua incorporação no grupo espanhol.

No entanto, um ano depois da interposição da acção, Orcel foi nomeado CEO da Unicredit, tendo por isso reduzido o valor do pedido de indemnização para os 72 milhões de euros.

O banco defendeu, durante o julgamento, que Orcel violou o acordo para que a sua contratação como CEO do grupo se tornasse efetiva.

A entidade financeira sublinhou que a proposta enviada ao banqueiro apresentava uma cláusula, segundo a  qual, Orcel tinha que negociar com o UBS, de forma a que este pagasse até 50% da remuneração diferida que lhe correspondia para o ano de 2018, a fim de reduzir o valor que o Santander lhe pagaria. Essa remuneração foi de cerca de 35 milhões de euros.

Em maio, a presidente executiva do Santander, Ana Botín, argumentou que a nomeação da Orcel nunca produziu efeitos, porque nunca foi aprovada pelo conselho de administração, nem pela assembleia de acionistas.

Porém, o tribunal de primeira instância de Madrid não concordou com este argumento, afirmando, por isso, que o contrato "é válido e eficaz".

Para o juíz, o banco espanhol rescindiu "unilateralmente e injustificadamente" o contrato, contrariando os princípios legais, "com as consequências que tal gesto implica".

Contactado pelo Financial Times, Orcel revelou que esperava que esta decisão coloque um ponto final no caso, de forma a que "todos nós possamos virar a página. O [Santander] está no passado e eu estou 100% focado no UniCredit."

Já o Santander fez saber, por um porta-voz, que "discordamos da  decisão" e avançou que vai recorrer da sentença.

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