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Santander com prejuízo de 11 mil milhões. Faz provisão de 12,6 mil milhões

O banco liderado por Ana Botín registou o primeiro prejuízo na sua história de 160 anos, no primeiro semestre do ano, devido ao impacto da covid-19.

#12 - Ana Botín
Juan Medina
29 de Julho de 2020 às 08:30
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O Banco Santander registou um prejuízo recorde no primeiro semestre do ano. Isto depois de ter constituído imparidades de 12,6 mil milhões de euros para fazer face a eventuais perdas provocadas pelo impacto da pandemia.  

O prejuízo do banco liderado por Ana Botín - o primeiro na história de 160 anos desta instituição financeira - foi de perto de 10,8 mil milhões de euros, de acordo com os números avançados pelo jornal espanhol Expansión. No mesmo mesmo período do ano passado, o Santander tinha registado lucros de 3,2 mil milhões de euros.

Este resultado é justificado pelas imparidades de 12,6 mil milhões constituídas depois de uma deterioração das perspetivas económicas terem forçado o Santander a rever o valor dos seus investimentos, mas também dos ativos por impostos deferidos. Este montante cobre ainda o facto de a instituição estimar menos "cash flow" nas unidades do Reino Unido, EUA, Polónia e na Santander Consumer Finance.

"Os últimos seis meses foram dos mais desafiantes na nossa história", afirma Ana Botín, CEO do grupo, no comunicado enviado ao regulador espanhol, dizendo "estar muito orgulhosa da resposta que o banco deu" perante o contexto de pandemia. 

Apesar dos prejuízos, o banco já disse que irá avançar com uma proposta para que seja entregue aos acionistas um dividendo sob a forma de novas ações, referente a 2019. Cada título terá um valor de 10 cêntimos.

A distribuição de resultados acontece mesmo depois de o Banco Central Europeu ter pedido aos bancos para não pagarem dividendos até ao final do ano, de maneira a reterem capital. Pediu também cautela no pagamento de remunerações variáveis aos gestores.

As ações estão a reagir em queda na bolsa de Madrid. Descem 4,76% para 2,0025 euros, mas persistem acima dos mínimos atingidos em maio.

(Notícia atualizada com mais informação.)

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