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Santander avisa SEC do impacto do Brexit. Vai fechar balcões no Reino Unido
O Santander enviou ao regulador dos mercados dos Estados Unidos, a SEC, uma antevisão das consequências da saída do Reino Unido do bloco europeu. As previsões vêm acompanhadas de medidas como o fecho de balcões em terras de sua majestade.
O banco Santander já notificou a Securities Exchange Comission (SEC), o regulador dos mercados nos Estados Unidos, acerca das consequências que espera sofrer na sequência do abandono do Reino Unido da União Europeia, avançou o Expansión. Para se proteger do impacto, o banco vai fechar balcões.
Entre as antevisões do banco espanhol está uma maior instabilidade financeira e menor crescimento económico, acompanhado de aumentos na taxa de desemprego e na inflação no Reino Unido – o que deverá afectar negativamente a actividade da instituição neste território.
O Brexit "pode levar a uma maior volatilidade do mercado e do câmbio no plano fiscal, monetário e regulatório no qual operamos, o que podia ter um efeito adverso para nós (Santander)", escreve o banco. Entre estes efeitos, é referida a capacidade de aceder a capital e a liquidez em "condições financeiras aceitáveis" mas também os "resultados da operação, condição financeira e projecções".
Perante este cenário, o Santander avança as medidas que está a pôr em prática de modo a precaver o dito impacto. "Estamos a finalizar a implementação de uma série de iniciativas estratégicas e de reestruturação chave, tal como encerrar as actividades de banca de retalho no Reino Unido", adianta o Santander.
A lenta acção de ambas as partes do acordo, Reino Unido e União Europeia, merece críticas da instituição. O Santander acredita que a demora aumenta a possibilidade de o Reino Unido sair "sem acordo", o que "deverá causar uma relevante interrupção económica e de mercado".