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Sabadell está reticente quanto às condições do acordo de fusão com o BBVA

A notícia é avançada pelo El Economista, que cita fontes próximas da mesa das negociações. Em concreto, o que poderá estar a preocupar a administração do grupo catalão é a permuta de ações, em vez de uma aquisição em dinheiro. Além disso, é preciso ter em conta que o Sabadell está mais sólido, do que em 2020, quando o BBVA tentou (e falhou) adquirir a instituição, defende o "board" do banco catalão.

Reuters

Quatro anos depois, o BBVA voltou à carga para tentar fundir-se com o banco Sabadell, no entanto, a instituição financeira catalã está reticente face a este potencial acordo, segundo fontes conhecedoras das conversações entre os dois bancos, citadas pelo jornal espanhol El Economista.

O BBVA pretende realizar o negócio, através do pagamento de uma nova ação representativa de parte do capital social do banco basco, por cada 4,83 ações do Sabadell. Feitas as contas a este rácio, e tendo em conta as cotações, tal representa um prémio de 30%, face à cotação de fecho das ações de ambas as instituições a 29 de abril.

É exatamente este ponto que poderá estar a preocupar a administração do Sabadell. Ouvidas pelo diário espanhol, várias vozes do mercado acreditam que, apesar de o prémio de 30% ser significativo, é preciso ter em conta que o banco catalão está atualmente numa posição sólida, do ponto vista contabilístico.

A instituição financeira liderada por César González-Bueno encerrou o ano passado com uma subida homóloga de 55,15% dos lucros para 1.332,2 milhões de euros, tendo mesmo o melhor ano da história do Sabadell.

O El Economista acrescenta que também o desempenho em bolsa é positivo e ainda não corresponde ao valor contabilístico da empresa, como acontece com a maioria dos bancos europeus. Desde o início do ano, as ações do Sabadell valorizaram quase 70%. Além disso, estas vozes do mercado acreditam que os próximos anos serão sólidos para o banco.

Assim, a situação de Sabadell nada tem a ver com aquela em que o banco se encontrava em 2020, quando o BBVA tentou comprar a instituição financeira. Naquela altura, a economia vivia a incerteza e os efeitos da pandemia e o Sabadell não era rentável.

Foi no dia 30 de abril que o BBVA confirmou que tinha enviado uma carta ao Sabadell para inciar conversações para uma possível fusão, tendo levado as ações do banco catalão a escalar nesse dia. Entretanto a administração do Sabadell – composta por 14 membros – já se reuniu para falar sobre o tema e vai voltar a reunir-se, de acordo com El Economista.

 

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