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Rui Vilar deixa gestão da Caixa no final do mandato. "É altura de virar a página", diz

Emílio Rui Vilar é presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos desde 2017, num mandato que termina no final do ano e que o responsável já disse não estar disponível para renovar.

Rui Vilar
09 de Outubro de 2020 às 23:00
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Emílio Rui Vilar já decidiu não renovar o mandato, que termina no final deste ano, enquanto presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD). A intenção foi comunicada numa carta a que o Negócios teve acesso. Para o gestor, "é altura de virar a página" e renovar a equipa do banco estatal. 

"O plano de sucessão prevê a necessidade de se assegurar a adequada continuidade, sem prejuízo naturalmente da renovação e do reforço das competências e qualificações requeridas pela melhoria do desempenho daquele órgão de gestão e fiscalização da instituição", começa por dizer Rui Vilar, notando que "uma das tarefas que assumi, no início do processo, foi verificar da disponibilidade dos atuais membros do conselho para um novo mandato e, naturalmente, reflectir também sobre a minha própria posição". 

Nesse sentido, a "minha decisão é de não disponibilidade", afirma o gestor, referindo que "poderia invocar a fórmula habitual das 'razões pessoais' mas sempre tenho procurado no exercício de responsabilidades públicas, agir com transparência e prestação de contas". 

E explica: "Não se verificam nenhumas circunstâncias de excepção e de especial interesse público que, na minha idade, pudessem novamente inculcar a eventual ponderação da minha continuidade, como aconteceu no início de 2016".

 

"É altura de virar a página, de renovar e reforçar a equipa da CGD para lançar e cumprir um novo e desafiante plano estratégico 2021-2024", refere Rui Vilar que relembra ter desempenhado funções na CGD em regime "pro bono".

 

O mandato do atual conselho de administração da CGD termina em 31 de dezembro deste ano. Uma equipa que assumiu um outro compromisso: o de implementar o plano de estratégico imposto por Bruxelas à Caixa. 

"Como é público, o plano estratégico tem vindo a ser rigorosamente cumprido, tendo a CGD atingido e, em vários domínios, ultrapassando os objectivos e as métricas definidas", nota Rui Vilar. E "apesar dos reflexos negativos da conjuntura actual, decorrente da pandemia do covid-19, tudo indica que a CGD o cumprirá no atual e último exercício do plano".

Já em relação ao futuro, "e apesar da crise provocada pela pandemia, a CGD dispõe de uma sólida base de capital, abundante liquidez, baixo nível de NPL [crédito malparado] e bom rácio cost to income, comparando favoravelmente com os seus pares portugueses e a média europeia".

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