A mesma publicação refere que o banqueiro alterou as declarações de IRS relativas aos anos de 2009, 2010 e 2011.

Em 2009, José Maria Ricciardi terá feito uma correcção de 376 mil euros, como noticiou o “CM, no ano seguinte “subiu consideravelmente”, com uma correcção de 567 mil euros e em 2011 o ajuste foi de 554 mil euros.

Segundo a informação disponibilizada pelo BESI, no ano passado, Ricciardi teve um rendimento de 459.668 euros, pelo que os valores rectificados são, grosso modo e em cada ano, praticamente idênticos ao salário anual.

O CM havia noticiado que José Maria Ricciardi havia sido “constituído arguido no âmbito do processo que investiga as privatizações da EDP e da REN. O banqueiro é suspeito de tráfico de influências e de fraude fiscal”.

A 14 de Março, Ricciardi foi ouvido como testemunha no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), tendo já saído do edifício na qualidade de arguido, escreve o "Correio da Manhã".

Contudo, também em declarações ao "Correio da Manhã", fonte oficial do BESI negou que Ricciardi seja arguido neste caso que envolve as privatizações recentes da EDP e a REN.

O CM não conseguiu apurar junto de José Maria Ricciardi se este havia aderido a alguns Regimes Excepcionais de Regularização Tributári (RERT). A mesma publicação recordou que Ricardo Salgado, presidente do BES havia usado aministia fiscal dp Governo RERT III para regularizar em 2012 redimentos no valor de 8,5 milhões de euros.

Ricardo Salgado tinha explicado ao Negócios que o dinheiro não havia sido declarado antes “porque precisava de manter capital fora dePortugalpara fazer face ao investimento do grupo”.