Notícia
Redistribuir pequena parte de lucros milionários da banca é dever social, diz Salvini
Salvini lembrou que os bancos italianos "aumentaram os custos para quem tem um empréstimo, um descoberto ou uma hipoteca, mas não aumentaram os juros para quem tem dinheiro nas suas contas correntes".
09 de Agosto de 2023 às 13:19
A redistribuição de uma "pequena parte" dos lucros milionários obtidos pelos bancos devido às "decisões "erradas do Banco Central Europeu (BCE) é "um dever económico e social", afirmou esta quarta-feira Matteo Salvini, vice-primeiro-ministro.
"Com o imposto extraordinário queremos confirmar o aumento dos salários e das pensões também para o próximo ano", disse Salvini em declarações à rádio pública Rai, um dia depois de o setor bancário ter perdido cerca de 9.000 milhões de euros na bolsa devido aos receios gerados pelo novo imposto de 40% sobre os lucros extraordinários das instituições de crédito anunciado de surpresa na passada segunda-feira.
As receitas deste imposto "vão chegar aos que têm hipotecas que estão a aumentar desproporcionadamente devido à taxa variável e vão acabar na lei orçamental, dentro de algumas semanas, para confirmar a descida dos impostos e o aumento dos salários", explicou o líder da Liga, que faz parte da coligação governamental presidida pela extrema-direita Giorgia Meloni.
"O raciocínio do Governo é que, dos lucros mais elevados que os bancos terão este ano, em comparação com o ano passado, simplesmente devido às políticas erradas do BCE, uma parte será utilizada para ajudar as famílias e confirmar os aumentos salariais", acrescentou.
E, acrescentou, apesar de "alguns banqueiros o terem lamentado, o setor que obtém milhares de milhões de euros de lucros sem mexer um dedo em virtude das decisões dos outros. Redistribuir uma pequena parte é um dever económico e social".
Salvini lembrou que os bancos italianos "aumentaram os custos para quem tem um empréstimo, um descoberto ou uma hipoteca, mas não aumentaram os juros para quem tem dinheiro nas suas contas correntes".
Os bancos "foram rápidos (a adaptar-se às decisões do BCE), mas não aumentaram os juros das contas à ordem. Têm lucros de milhares de milhões e quem paga são os italianos. Enquanto Governo, pensámos que os lucros mais elevados resultantes das políticas erradas do BCE iriam para as famílias com hipotecas e para confirmar os aumentos salariais e das pensões nos seus recibos de vencimento.
E revelou: "Estamos a pensar em tributar as horas extraordinárias, os prémios de produtividade".
Na segunda-feira, o Governo italiano aprovou a criação de um imposto de 40% sobre os lucros extraordinários dos bancos, limitado aos anos de 2022 e 2023, que - disse na altura - não poderá exceder 25% do património líquido e cujas receitas serão inteiramente utilizadas para "apoiar a compra de hipotecas e a redução de impostos".
A regra será ativada se a margem líquida de juros registada em 2022 "exceder o valor do exercício de 2021 em pelo menos 5%", uma percentagem que subirá para 10% se 2023 for comparado com o ano anterior, referiu o Governo.
O receio gerado entre bancos e acionistas levou o Governo a anunciar, na terça-feira ao final do dia, um limite máximo de 0,1% do total dos ativos, o que, segundo a imprensa especializada, poderá significar um pagamento de 2.500 milhões de euros para os seis maiores bancos italianos no primeiro semestre de 2023.
"Com o imposto extraordinário queremos confirmar o aumento dos salários e das pensões também para o próximo ano", disse Salvini em declarações à rádio pública Rai, um dia depois de o setor bancário ter perdido cerca de 9.000 milhões de euros na bolsa devido aos receios gerados pelo novo imposto de 40% sobre os lucros extraordinários das instituições de crédito anunciado de surpresa na passada segunda-feira.
"O raciocínio do Governo é que, dos lucros mais elevados que os bancos terão este ano, em comparação com o ano passado, simplesmente devido às políticas erradas do BCE, uma parte será utilizada para ajudar as famílias e confirmar os aumentos salariais", acrescentou.
E, acrescentou, apesar de "alguns banqueiros o terem lamentado, o setor que obtém milhares de milhões de euros de lucros sem mexer um dedo em virtude das decisões dos outros. Redistribuir uma pequena parte é um dever económico e social".
Salvini lembrou que os bancos italianos "aumentaram os custos para quem tem um empréstimo, um descoberto ou uma hipoteca, mas não aumentaram os juros para quem tem dinheiro nas suas contas correntes".
Os bancos "foram rápidos (a adaptar-se às decisões do BCE), mas não aumentaram os juros das contas à ordem. Têm lucros de milhares de milhões e quem paga são os italianos. Enquanto Governo, pensámos que os lucros mais elevados resultantes das políticas erradas do BCE iriam para as famílias com hipotecas e para confirmar os aumentos salariais e das pensões nos seus recibos de vencimento.
E revelou: "Estamos a pensar em tributar as horas extraordinárias, os prémios de produtividade".
Na segunda-feira, o Governo italiano aprovou a criação de um imposto de 40% sobre os lucros extraordinários dos bancos, limitado aos anos de 2022 e 2023, que - disse na altura - não poderá exceder 25% do património líquido e cujas receitas serão inteiramente utilizadas para "apoiar a compra de hipotecas e a redução de impostos".
A regra será ativada se a margem líquida de juros registada em 2022 "exceder o valor do exercício de 2021 em pelo menos 5%", uma percentagem que subirá para 10% se 2023 for comparado com o ano anterior, referiu o Governo.
O receio gerado entre bancos e acionistas levou o Governo a anunciar, na terça-feira ao final do dia, um limite máximo de 0,1% do total dos ativos, o que, segundo a imprensa especializada, poderá significar um pagamento de 2.500 milhões de euros para os seis maiores bancos italianos no primeiro semestre de 2023.