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Queda do malparado leva DBRS a melhorar "rating" do Novo Banco

A agência canadiana aumentou o “rating” do Novo Banco para B (high) face a B. De acordo com a DBRS, esta decisão deve-se à melhoria do perfil de risco do banco liderado por António Ramalho.

Vítor Mota
17 de Abril de 2019 às 12:34
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A DBRS decidiu melhorar a notação do Novo Banco. Passou de B para B (high), graças à redução do "peso" do crédito malparado. Isto numa altura em que o banco liderado por António Ramalho continua a acelerar a venda de ativos tóxicos. 

"A subida do rating do Novo Banco para B (high) tem em consideração a melhoria do perfil de risco do banco, em particular em termos da redução do crédito malparado (Non-Performing Loans), alienação de ativos não estratégicos e racionalização da estrutura da organização", refere a DBRS num comunicado divulgado esta quarta-feira,17 de abril. 

A agência financeira canadiana afirma, contudo, que a notação da instituição financeira "continua a refletir a fraca rentabilidade do banco e o 'stock' elevado de ativos problemáticos". Apesar de estar a melhorar, "o rácio de NPL, que se situava nos 22% em 2018, continua consideravelmente mais fraco em comparação com a maioria dos bancos europeus". 

O banco liderado por António Ramalho pretende alcançar, no final deste ano, um rácio de crédito malparado de perto de 12%. Para tal, terá de continuar a apostar na venda de carteiras de ativos tóxicos, que incluem empréstimos em incumprimento e imóveis. 

No ano passado, o Novo Banco avançou com a venda de dois portefólios conhecidos como "Nata" e "Viriato". Na primeira operação, estiveram em causa duas parcelas: uma de 550 milhões de euros e outra de 1,2 mil milhões de euros de malpardo. Já o segundo projeto incluiu a venda de 9.000 imóveis à Anchorage Capital. 

Este ano, o objetivo é ainda mais ambicioso. Conforme avançou a Bloomberg, o Novo Banco está à procura de compradores para dois portefólios de crédito malparado, cujo montante total supera os 3,5 mil milhões de euros. Mas, segundo apurou o Negócios, a este montante podem vir a juntar-se outras vendas, elevando o valor para perto de 4 mil milhões de euros este ano.

No comunicado, a DBRS explica ainda que a tendência positiva do rating também reflete a expectativa da agência de que o Novo Banco "será capaz de fazer mais progressos na limpeza do balanço e manter almofadas de capital adequadas". Isto ao contar com o "apoio do mecanismo de capital contigente" e com "as condições económicas ainda favoráveis de Portugal". 

 

(Notícia atualizada às 12:44 com mais informação)

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