Notícia
Quebra na rentabilidade pode travar disponibilidade da banca para emprestar, diz FMI
O cenário de baixas taxas de juro, em conjunto com o impacto da pandemia, mantém a rentabilidade da banca sob pressão. E isto, alerta o FMI, poderá limitar no futuro a capacidade ou disponibilidade do setor para emprestar.
O cenário de baixas taxas de juro, a que se veio somar o impacto da pandemia, é um desafio para rentabilidade da banca, que está em queda. Esta evolução, avisa o Fundo Monetário Internacional (FMI), no relatório de estabilidade financeira, poderá limitar no futuro a disponibilidade das instituições financeiras em emprestar às famílias e empresas.
"Os bancos entraram na pandemia com um montante elevado de capital e almofadas de liquidez significativas e têm mostrado resiliência até agora", afirma o FMI no relatório de estabilidade financeira divulgado esta quarta-feira, 27 de janeiro, notando que, além disso, as "políticas sem precedentes que ajudaram a manter o fluxo de crédito para as famílias e empresas".
No entanto, esta "torneira" poderá fechar. "Os desafios em torno da rentabilidade num cenário de baixas taxas de juro suscitam dúvidas quanto à capacidade ou disponibilidade dos bancos para continuarem a emprestar nos próximos trimestres", refere o fundo liderado por Kristina Georgieva.
Isto porque, diz o FMI, as instituições financeiras "podem estar preocupadas com o aumento da exposição a empréstimos e subida do crédito malparado assim que as políticas adotadas terminarem".
As moratórias no crédito, que permitiram às famílias e empresas adiarem o pagamento das dívidas junto da banca, foram uma das medidas adotadas para responder à pandemia. Este apoio deverá terminar em setembro deste ano e, conforme têm alertado os bancos e o próprio regulador, é preciso começar a preparar a estratégia de saída.
"As políticas mitigaram, até agora, constrangimentos de liquidez, mas a pressão exercida pelas insolvências poderá voltar a surgir num futuro próximo", afirma o FMI, especialmente nos setores mais afetados pelo impacto da pandemia, como é o caso do turismo.
Políticas de apoio ainda são necessárias
Neste sentido, o fundo refere que as políticas adotadas para responder à pandemia pelos vários países "mantém-se necessárias até que haja uma recuperação sustentável, de maneira a impedir que a crise pandémica se torne numa ameaça para o sistema financeiro global".
"A comunidade global deve lutar por uma cooperação multilateral no desenvolvimento e distribuição equitativo de vacinas em todo o mundo para se garantir uma recuperação económica uniforme e completa", afirma.
É que, de acordo com o FMI, os "riscos para a estabilidade financeira continuam controlados, até agora, mas são precisas medidas para se resolver as vulnerabilidades financeiras expostas pela crise". E os responsáveis de cada país vão ter de encontrar um equilíbrio entre "apoiar a recuperação até que se registe um crescimento sustentável" e "resolver as vulnerabilidades financeiras que já eram evidentes antes da pandemia ou que surgiram desde que esta surgiu".
Estas vulnerabilidades incluem, diz o fundo, o aumento da dívida por parte das empresas, desafios no acesso ao mercado em algumas economias em desenvolvimento, mas também a quebra da rentabilidade em certos sistemas bancários.
"Os bancos entraram na pandemia com um montante elevado de capital e almofadas de liquidez significativas e têm mostrado resiliência até agora", afirma o FMI no relatório de estabilidade financeira divulgado esta quarta-feira, 27 de janeiro, notando que, além disso, as "políticas sem precedentes que ajudaram a manter o fluxo de crédito para as famílias e empresas".
Isto porque, diz o FMI, as instituições financeiras "podem estar preocupadas com o aumento da exposição a empréstimos e subida do crédito malparado assim que as políticas adotadas terminarem".
As moratórias no crédito, que permitiram às famílias e empresas adiarem o pagamento das dívidas junto da banca, foram uma das medidas adotadas para responder à pandemia. Este apoio deverá terminar em setembro deste ano e, conforme têm alertado os bancos e o próprio regulador, é preciso começar a preparar a estratégia de saída.
"As políticas mitigaram, até agora, constrangimentos de liquidez, mas a pressão exercida pelas insolvências poderá voltar a surgir num futuro próximo", afirma o FMI, especialmente nos setores mais afetados pelo impacto da pandemia, como é o caso do turismo.
Políticas de apoio ainda são necessárias
Neste sentido, o fundo refere que as políticas adotadas para responder à pandemia pelos vários países "mantém-se necessárias até que haja uma recuperação sustentável, de maneira a impedir que a crise pandémica se torne numa ameaça para o sistema financeiro global".
"A comunidade global deve lutar por uma cooperação multilateral no desenvolvimento e distribuição equitativo de vacinas em todo o mundo para se garantir uma recuperação económica uniforme e completa", afirma.
É que, de acordo com o FMI, os "riscos para a estabilidade financeira continuam controlados, até agora, mas são precisas medidas para se resolver as vulnerabilidades financeiras expostas pela crise". E os responsáveis de cada país vão ter de encontrar um equilíbrio entre "apoiar a recuperação até que se registe um crescimento sustentável" e "resolver as vulnerabilidades financeiras que já eram evidentes antes da pandemia ou que surgiram desde que esta surgiu".
Estas vulnerabilidades incluem, diz o fundo, o aumento da dívida por parte das empresas, desafios no acesso ao mercado em algumas economias em desenvolvimento, mas também a quebra da rentabilidade em certos sistemas bancários.