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PwC sucede a Deloitte na auditoria ao BPI

A CMVM aceitou o pedido do BPI para continuar com a Deloitte como auditora externa por mais um ano. A excepção é aberta devido à OPA do CaixaBank. Para substituir, o conselho fiscal prefere a PwC.

Miguel Baltazar
06 de Abril de 2017 às 19:59
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A PwC deverá ser a próxima auditora do Banco BPI, mas só no próximo ano. Até lá, a Deloitte tem autorização para permanecer no cargo, como solicitou a instituição ainda liderada por Fernando Ulrich.

 

"Actualmente, o BPI depara-se com um quadro de excepcionalidade decorrente da profunda alteração da composição accionista ocorrida em Fevereiro de 2017", indica a proposta do conselho fiscal para o mandato de revisor oficial de contas que se inicia este ano. Em causa está a oferta pública de aquisição que deu 84,5% do banco português aos catalães do CaixaBank.

 

Como essa operação obriga a um "conjunto de trabalhos que exigem a intervenção conjunta das áreas de contabilidade e auditoria do banco e do revisor oficial de contas", o BPI solicitou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a recondução da Deloitte, o actual auditor, por um ano. O regulador presidido por Gabriela Figueiredo Dias autorizou esse exercício até 2017 (até à aprovação de contas relativas a este ano, que será na assembleia-geral de 2018).

 

Para o período posterior do mandato, já que a Deloitte não poderá ser candidata devido às regras que obrigam à rotatividade dos auditores, foi já feito um convite a quatro empresas: EY, BDO, PwC e KPMG. As duas últimas foram as mais bem classificadas para substituir a actual auditora na óptica do conselho fiscal. 

 

A PwC é a auditora do CaixaBank, o novo dono do BPI, e esse é, entre outros, um dos factores que leva o conselho fiscal do banco português a dar-lhe preferência, pese embora a KPMG tenha uma proposta de honorários mais favorável. 


Assim, estes são dois pontos em discussão e votação na assembleia-geral do BPI a 26 de Abril: a eleição da Deloitte para 2017; a nomeação de um novo auditor, com a recomendação do conselho fiscal, liderado por Abel Pinto dos Reis, para que seja escolhida a PwC. Esta última é a auditora do Novo Banco e a Deloitte é a responsável pelas contas o BCP (antes era a KPMG) e da CGD (que pediu também uma excepção para ficar com a Deloitte por um ano, mas terá depois de escolher outra entidade).

 

É a 26 de Abril que será alterada a composição dos órgãos sociais do BPI, com o espanhol Pablo Forero a substituir Fernando Ulrich na presidência executiva do banco. O português passa a presidente não executivo e Artur Santos Silva assume o novo cargo de presidente honorário. Nessa reunião, serão votadas as remunerações do BPI em que António Domingues recebe ainda 107 mil euros pelos primeiros meses de trabalho na instituição financeira como vice-presidente. 







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