Notícia
PS quer administradores não executivos mais responsabilizados
Os socialistas não querem proibir os conglomerados mistos mas querem saber quem está por detrás dos detentores de participações qualificadas nos bancos.
O Partido Socialista quer dar mais poder aos administradores não executivos dos bancos. Ou, pelo menos, responsabilizá-los ainda mais, adiantou o deputado socialista Pedro Nuno Santos.
Uma das iniciativas que o maior partido da oposição levou a Plenário esta sexta-feira, 29 de Maio, pretende que as novas regras em torno dos membros que não têm poderes de gestão num banco (não executivos) "garantam que esses administradores estão preocupados" e que assegurem que "a estratégia de risco é cumprida".
Pedro Nuno Santos lembrou que as suas propostas estão alinhadas com as regras da União Bancária. "Não queremos transformar Portugal numa ilha." Daí que o PS não proponha o fim de conglomerados mistos. "Não pode ser proibido. São instrumentos importantes para o desenvolvimento", defendeu Pedro Nuno Santos, adiantando que pretende, no entanto, intensificar a proibição de conflitos de interesse entre sociedades financeiras e os seus bancos.
O GES era um conglomerado misto mas também há compradores potenciais do Novo Banco que têm essa posição, como o caso da chinesa Fosun.
Mesmo assim, os socialistas pretendem que se saiba sempre quem são os beneficiários últimos de quem tem participações qualificadas na banca. "Temos o direito de saber quem está por detrás das sociedades que detêm participações qualificadas na banca".
Projecto de Lei n.º 963/XII/4.ª (PS)
Altera o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e o enquadramento legal do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, prevendo medidas especificas com vista ao reforço da estabilidade do sistema financeiro português
Projecto de Resolução n.º 1489/XII/4.ª (PS)
Recomenda ao Governo a adopção de um conjunto de diligências com vista ao reforço da estabilidade do sistema financeiro português