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Produção de seguros cai, mas custos com sinistros aumentam 16% em 2020
A produção de seguros recuou mais de 18% em 2020, enquanto os custos com sinistros aumentaram quase 16% à boleia do ramo Vida, mostram dados da ASF.
"A produção de seguro direto, relativa à atividade em Portugal das empresas de seguros sob a supervisão da ASF apresentou, em termos globais, uma diminuição de 18,5% face a 2019", refere o regulador no relatório sobre sobre a evolução da atividade seguradora para o último trimestre de 2020.
De acordo com a ASF, os ramos Não Vida apresentaram um crescimento de 3,1%. O ramo doença registou um aumento de 8,5% neste período.
Já no ramo Vida registou-se um decréscimo de 34,6% devido à "diminuição verificada nos seguros de vida não ligados, em particular nos PPR (-71,3%)", revela o regulador.
No mesmo período, diz, "os custos com sinistros verificaram um aumento de 15,9%, em resultado do acréscimo de 26,4% no ramo Vida". Já no ramo Não Vida registou-se uma descida de 2,3% devido, sobretudo, aos ramos automóvel e acidentes de trabalho.
O organismo liderado por Margarida Côrrea de Aguiar indica ainda que, em dezembro de 2020, o valor das carteiras de investimento das empresas de seguros totalizou 51,4 mil milhões de euros, ou seja, um decréscimo de 3,9% face ao final do ano anterior. Na mesma data o volume de provisões técnicas foi de 44 mil milhões de euros.
Por outro lado, "os rácios de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) e do Requisito de Capital Mínimo (MCR), em dezembro de 2020, situaram-se em 180% e 534%, refletindo variações de mais dois e 39 pontos percentuais face ao final de 2019, respetivamente".
(Notícia atualizada.)