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Presidente do Bankinter diz que "é o momento certo para investir em Portugal"

A presidente do Bankinter, Maria Dolores Dancausa, justificou hoje a aposta no mercado português, consumada em 2016 com a aquisição da operação do Barclays Portugal, com a instabilidade que atravessa o sector, que abre oportunidades para novos operadores.

Bruno Simão/Negócios
26 de Janeiro de 2017 às 15:10
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"É o momento certo para investir em Portugal. O Bankinter cresceu durante os três ou quatro anos de crise em Espanha e estava pronto para aproveitar a reestruturação em curso na banca portuguesa", afirmou a responsável no âmbito da apresentação das contas anuais do banco, em Madrid.

 

"Há uma oportunidade enorme", reforçou, assinalando que esta é a primeira 'aventura' do Bankinter fora de Espanha.

 

"Demorámos 51 anos a comprar algo no estrangeiro e há nas nossas equipas muita esperança com a operação em Portugal. É outro país, outra língua, um novo desafio, e isso dá-nos uma injecção de optimismo", lançou.

 

Dancausa assumiu estar confortável com a dimensão reduzida do Bankinter Portugal, considerando que "é possível, sendo mais pequeno, ser mais dinâmico".

 

A banca digital é o 'ponto' forte do Bankinter em Espanha e a gestora está confiante que esse vai ser um trunfo para "crescer em Portugal", numa aposta que garante ser de longo prazo.

 

"Não queremos vender dentro de alguns anos. Vamos ficar, crescer e ser um exemplo", vincou.

 

Já Carlos Brandão, o líder do Bankinter Portugal, revelou aos jornalistas que, nos nove meses de vida da entidade, foram conquistados 8.500 novos clientes, que se juntaram aos 180.000 clientes que existiam quando o grupo espanhol comprou o Barclays Portugal.

 

"Estamos ainda na fase de implementação da nova marca, o que torna este marco ainda mais relevante", considerou, especificando que do total de novos clientes angariados, 6.500 são particulares e os restantes 2.000 são empresas.

 

"Em 2017, a ideia é crescer mais em empresas do que em particulares e, claro, queremos crescer mais do que em 2016", afirmou Carlos Brandão.

 

Nos nove meses de vida do Bankinter Portugal, foram concedidos 600 milhões de euros de crédito, com a maior fatia no segmento de particulares, e o objectivo para 2017 é duplicar esse valor e conseguir que mais de metade seja pela área das empresas.

 

Quanto aos recursos de clientes, o objectivo para os primeiros nove meses de vida da entidade em Portugal foram fixados nos 900 milhões de euros, tendo sido atingidos os 1,3 mil milhões de euros.

 

"Superámos os objectivos", destacou Carlos Brandão, considerando que isso foi possível graças à "solvência e 'rating' do Bankinter, que cativou quem estava à procura de segurança [para a aplicação de poupanças], sobretudo, as empresas".

 

Ao nível de rede, as 84 agências e os 900 trabalhadores do Bankinter Portugal são, na sua opinião, os "adequados" para os objectivos existentes, ainda que admita alguns "ajustes pontuais" ao nível da rede.

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