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Português Haitong passa filiais dos EUA e Reino Unido para Hong Kong
O Haitong Bank, ex-BESI, vai desfazer-se de três filiais, duas no Reino Unido e uma nos Estados Unidos. Passam para o grupo chinês que o detém. Uma das filiais foi capitalizada este ano pelo banco de investimento português. Não foi divulgado o valor do negócio.
O português Haitong Bank, antigo Banco Espírito Santo Investimento, vai deixar de ser o dono das suas filiais nos Estados Unidos da América e no Reino Unido. A casa de investimento vai vendê-las, por um preço que não foi tornado público, a uma sociedade do grupo de que faz parte, em Hong Kong.
"O Haitong Bank, S.A. informa que, na presente data, celebrou com a Haitong International (BVI) Limited, entidade integralmente detida pela sociedade Haitong International Securities Group Limited, dois acordos tendentes à alienação da totalidade do capital social das actuais filiais do Haitong Bank", assinala a instituição financeira em comunicado publicado esta sexta-feira, 15 de Dezembro.
À Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco que é actualmente presidido por Wu Min revela que está em causa a venda da Haitong Securities USA LLC, da Haitong (UK) Limited e ainda da Haitong Securities (UK) Limited.
Segundo o relatório e contas do primeiro semestre, a corretora Haitong Securities USA foi constituída em 2015. Já a Haitong (UK) Limited é a sociedade gestora de participações sociais, que detém a empresa de corretagem Haitong Securities (UK) Limited. A Haitong (UK) Limited, que será agora vendida, foi capitalizada pelo português Haitong Bank em 9,9 milhões de libras (11,3 milhões de euros) este ano.
"Uma vez concluídas estas transacções, as quais estão sujeitas à obtenção das competentes autorizações regulatórias, as entidades em causa deixarão de ser filiais do Haitong Bank, S.A. e serão excluídas do respectivo perímetro de consolidação", diz o banco na nota ao regulador do mercado de capitais, que não avança quaisquer valores para as transacções.
Desde que integrou o grupo chinês Haitong, por intermédio da venda pelo antigo accionista Novo Banco, o banco tem estado em reestruturação, deixando de se focar em vários negócios e centrando-se na China, Península Ibérica, Polónia, Brasil e mercados emergentes. Os prejuízos têm sido frequentes e só no segundo semestre deste ano é que o banco nacional antecipa atingir o "break-even operacional", ou seja, saindo dos prejuízos.
Este ano, o banco foi alvo de um aumento de capital de 419 milhões de euros, disperso por diversas tranches ao longo do ano, a que foi obrigado por parte do Banco de Portugal.