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PCP promete usar Parlamento para travar venda do Novo Banco

Em comunicado, o partido diz que vai usar os instrumentos parlamentares que existem para tentar travar a venda do Novo Banco. Seja qual for o modelo de negócio.

Bruno Simão/Negócios
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O PCP promete usar o Parlamento para integrar o Novo Banco na esfera do Estado. A garantia é dada pelo partido liderado por Jerónimo de Sousa, em comunicado enviado às redacções. A resposta dos comunistas surge um dia depois do ministro das Finanças ter admitido que a venda da instituição pode vir a ser feita à margem da Assembleia.

"Independentemente da forma que o processo de venda venha a tomar, o PCP, tal como fez em 2 de Fevereiro - com o projecto de resolução para a manutenção do Novo Banco na esfera pública -, não abdicará dos instrumentos parlamentares para alcançar esse objectivo", lê-se no comunicado divulgado esta quinta-feira. 

"A intervenção do PCP continuará a ser determinada pelo objectivo, não de favorecer a liquidação do Novo Banco, mas de assegurar a sua integração no sector público bancário, o que exige também uma clara atitude de rejeição e enfrentamento das exigências da União Europeia", acrescenta do partido.

O ministro das Finanças confirmou esta quinta-feira que a possibilidade de concretizar a venda do Novo Banco sem passar pelo Parlamento é uma possibilidade para o Executivo que, no entanto, ainda não está certo de que assim seja. No entanto, para o PS é já claro que o papel do Governo neste negócio é reduzido, do ponto de vista da intervenção legislativa, já que a venda será concretizada entre o Fundo de Resolução e o comprador (o fundo norte-americano Lone Star).

O PCP junta-se assim ao Bloco de Esquerda que já defendeu que o assunto tem de passar pela Assembleia. Porém, não é ainda certo que os partidos tenham meios eficazes para o fazer. Até porque também não é conhecida a forma como o Governo concretizará a venda.

No comunicado, os comunistas colocam também ênfase no argumento de que a venda do Novo Banco é contrária ao interesse público. "Nenhuma venda do Novo Banco pode salvaguardar o interesse do povo e do país. Só a sua integração no sector público bancário, com a orientação pública para o financiamento à actividade económica e às famílias, pode defender os postos de trabalho e a presença territorial do Novo Banco."

O Governo quer fechar o modelo de negócio da venda da instituição financeira até ao final desta semana, mas o dossiê fica ainda aberto posteriormente para fixar outros pontos, como por exemplo o plano de negócios, do qual fazem parte o fecho de balcões e a saída de trabalhadores. Estimativas preliminares apontam para menos 55 balcões e menos 400 funcionários. 
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