Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Paulo Macedo: “Só um tonto diria que nunca mais vai encerrar nada na vida”

O CEO do banco público garante que a Caixa não tem previstos novos encerramentos de balcões mas sublinha que a instituição financeira não pode perder competitividade.

Paulo Macedo rejeita que os bancos tenham lucros extraordinários e argumenta que o setor teve, ao longo dos últimos anos, prejuízos acumulados.
Ricardo Almeida
10 de Janeiro de 2023 às 12:33
  • 2
  • ...
O presidente da Caixa Geral de Depósitos não coloca de parte encerrar mais balcões do banco público, embora pelo menos para já não tenha planos para fazê-lo.

"A Caixa não tem previstos encerramentos mas estará atenta ao mercado", afirmou Paulo Macedo no parlamento.

No entanto, o CEO da instituição financeira assegurou aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças que a CGD "não ficará a perder competitividade enquanto outros melhoram a rentabilidade e acumulam reservas para poder fazer operações como a compra de bancos por um euro".

Por isso, Macedo ressalva que "só um tonto diria que nunca mais vai encerrar nada na vida".

"Os outros bancos encerraram muitíssimo mais balcões", constatou, reforçando que a CGD tem agências "que claramente dão prejuízos" que só não são encerradas porque a instituição está obrigada a estar em todos os concelhos.

Paulo Macedo e dois outros elementos da comissão executiva da Caixa (José João Guilherme e Maria João Carioca) foram ouvidos no parlamento, por requerimento do PS, sobre o fecho de 23 balcões durante o verão.

Apesar da redução acentuada do número de agências desde 2010 (eram 824 nesse ano, valor que diminuiu para 486 no final de setembro de 2022), "a Caixa tem hoje muito mais negócios, tanto em volume de negócios como em depósitos", afirmou. O histórico mostra ainda que os clientes dos balcões que encerram "ou mantém a relação ou tiveram diminuições pouco significativas", disse.

Paulo Macedo reforça que a GD "tem hoje a maior rede de balcões do sistema financeiro", com exceção da Caixa de Crédito Agrícola, "porque são dezenas de instituições e não uma única".

O CEO acrescentou ainda que "o fecho de balcões é feito com grande critério", e que no processo de encerramentos o banco público "não perdeu negócio para os outros bancos, pelo contrário". A Caixa foi, de resto, "o banco que reduziu menos balcões", sublinhou.
Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio