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Paulo Macedo: "Haverá necessidade de reestruturar alguns créditos e já estamos a fazê-lo"
Na apresentação de resultados do terceiro trimestre, Paulo Macedo afirmou que "vai haver necessidade de restruturar alguns créditos", sublinhando que "já estamos a fazê-lo, como fizemos na pandemia, quando reestruturámos mais de 3 mil créditos".
A Caixa Geral de Depósitos já está a contactar cerca de 500 clientes de crédito à habitação para precaver situações de incumprimento, esclarece o CEO.
Na apresentação de resultados do terceiro trimestre, Paulo Macedo afirmou que "vai haver necessidade de reestruturar alguns créditos", sublinhando que "já estamos a fazê-lo, como fizemos na pandemia, quando reestruturámos mais de 3 mil créditos".
"O diploma [do governo para limitar o impacto da subida das taxas de juro] vai nesse sentido mas, independentemente disso, o banco contactaria sempre os clientes", garantiu, acrescentando que "para as empresas não há diploma e já lançámos dois inquéritos às empresas, um para saber qual o impacto nos setores mais energéticos e outro para saber como pode impactar as grandes empresas".
Os clientes de crédito à habitação concedido pelo banco público têm uma prestação média de 256 euros, e 90% dos contratos têm mensalidades inferiores a 432 euros, afirmou o presidente executivo da instituição financeira.
Paulo Macedo antevê que "as pessoas que têm crédito há mais tempo terão menos problemas porque já amortizaram grande parte da dívida e, dessa forma, a taxa incidirá sobre um valor menor".
O aumento de taxas terá "consequências mais fortes nos créditos mais recentes", prevê, "mas estes são aqueles onde já foram tomadas medidas - como não financiar mais de 90%" do valor da operação.
Quanto a consequências da subida das taxas de juro para os próprios bancos, Macedo admitiu que as instituições financeiras "beneficiam das taxas de juro num momento inicial", mas ressalvou que "se as taxas subirem demasiado, a seguir tem o problema do malparado".
Mais de 75% das empresas não precisa de reestruturar créditos
Paulo Macedo revelou também que a CGD lançou dois inquéritos a empresas com a intenção de tirar o pulso à saúde financeira do mundo empresarial.
"Contactámos uns milhares de clientes", afirmou, explicando que o primeiro inquérito foi dirigido aos setores mais vulneráveis à crise energética e que tenham as maiores exposições. O segundo focou-se em empresas de maior dimensão.
A conclusão foi que 75% a 85% das empresas tiveram uma boa avaliação e não se prevê que necessitem de qualquer ajuda. No outro extremo - o das empresas que na opinião dos respetivos gestores e também do banco provavelmente terão dificuldades - ficaram 2% dos inquiridos.
Na apresentação de resultados do terceiro trimestre, Paulo Macedo afirmou que "vai haver necessidade de reestruturar alguns créditos", sublinhando que "já estamos a fazê-lo, como fizemos na pandemia, quando reestruturámos mais de 3 mil créditos".
Os clientes de crédito à habitação concedido pelo banco público têm uma prestação média de 256 euros, e 90% dos contratos têm mensalidades inferiores a 432 euros, afirmou o presidente executivo da instituição financeira.
Paulo Macedo antevê que "as pessoas que têm crédito há mais tempo terão menos problemas porque já amortizaram grande parte da dívida e, dessa forma, a taxa incidirá sobre um valor menor".
O aumento de taxas terá "consequências mais fortes nos créditos mais recentes", prevê, "mas estes são aqueles onde já foram tomadas medidas - como não financiar mais de 90%" do valor da operação.
Quanto a consequências da subida das taxas de juro para os próprios bancos, Macedo admitiu que as instituições financeiras "beneficiam das taxas de juro num momento inicial", mas ressalvou que "se as taxas subirem demasiado, a seguir tem o problema do malparado".
Mais de 75% das empresas não precisa de reestruturar créditos
Paulo Macedo revelou também que a CGD lançou dois inquéritos a empresas com a intenção de tirar o pulso à saúde financeira do mundo empresarial.
"Contactámos uns milhares de clientes", afirmou, explicando que o primeiro inquérito foi dirigido aos setores mais vulneráveis à crise energética e que tenham as maiores exposições. O segundo focou-se em empresas de maior dimensão.
A conclusão foi que 75% a 85% das empresas tiveram uma boa avaliação e não se prevê que necessitem de qualquer ajuda. No outro extremo - o das empresas que na opinião dos respetivos gestores e também do banco provavelmente terão dificuldades - ficaram 2% dos inquiridos.