Notícia
Passos acusa Costa de "logro total" na solução para o crédito malparado
O presidente do PSD disse hoje, em Santarém, que o Governo "anda a enganar o país há mais de um ano" sobre a solução para o crédito malparado e acusou o Primeiro-Ministro de "logro total" nessa matéria.
11 de Junho de 2017 às 20:55
Pedro Passos Coelho, que hoje visitou a Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, acusou António Costa de saber que "não tinha nada de novo para dizer ao país", mas ter criado, durante quase um ano e três meses, "a ideia de que estava à beira, à bica, de ter uma solução para um problema gravíssimo, que afinal não tem, nem nunca teve, nem vai ter".
O líder social-democrata afirmou que o Primeiro-Ministro "anunciou várias vezes" que tem praticamente ultimada uma solução sobre o crédito malparado, preparada em conjunto com o Banco de Portugal (BdP) e a ser negociada em termos europeus, mas "tem-se recusado a responder no parlamento às perguntas que lhe são feitas sobre essa matéria", nomeadamente sobre "que solução é, de que é que depende, se tem garantias do Estado ou não, como é que ela se vai executar".
"O Primeiro-Ministro nunca responde, tem de resto um desprezo imenso pelo parlamento, nunca responde a estas matérias e depois vamos lendo pelos jornais e vamos sabendo por outras pessoas", disse, referindo declarações de Elisa Ferreira, recentemente nomeada administradora do BdP.
"[Elisa Ferreira] veio dizer que afinal não havia solução nenhuma e que se calhar o que viria a acontecer é que haveria uma espécie de autossolução privada, que os bancos podiam explorar se quisessem de forma voluntária, mantendo o crédito malparado dentro dos seus balanços", afirmou, sublinhando que não há aqui "grande novidade, porque são basicamente as opções que os bancos têm vindo a realizar nos últimos anos por sua própria iniciativa".
"O que concluo é que há um logro total que foi conduzido pelo Primeiro-Ministro nesta matéria", declarou.
Elisa Ferreira disse, no final de maio, numa entrevista à RTP, que não há condições actualmente para criar um veículo que permita resolver o problema do crédito malparado.
O líder social-democrata afirmou que o Primeiro-Ministro "anunciou várias vezes" que tem praticamente ultimada uma solução sobre o crédito malparado, preparada em conjunto com o Banco de Portugal (BdP) e a ser negociada em termos europeus, mas "tem-se recusado a responder no parlamento às perguntas que lhe são feitas sobre essa matéria", nomeadamente sobre "que solução é, de que é que depende, se tem garantias do Estado ou não, como é que ela se vai executar".
"[Elisa Ferreira] veio dizer que afinal não havia solução nenhuma e que se calhar o que viria a acontecer é que haveria uma espécie de autossolução privada, que os bancos podiam explorar se quisessem de forma voluntária, mantendo o crédito malparado dentro dos seus balanços", afirmou, sublinhando que não há aqui "grande novidade, porque são basicamente as opções que os bancos têm vindo a realizar nos últimos anos por sua própria iniciativa".
"O que concluo é que há um logro total que foi conduzido pelo Primeiro-Ministro nesta matéria", declarou.
Elisa Ferreira disse, no final de maio, numa entrevista à RTP, que não há condições actualmente para criar um veículo que permita resolver o problema do crédito malparado.