Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Ordens online crescem 41% em Janeiro de 2008

No futuro da corretagem o canal online vai dar cartas. O investidor está cada vez mais especializado e os preços são mais acessíveis. Além disso, é claro que as margens estão cada vez mais esmagadas. A competitividade chegou ao alto mundo do investimento

07 de Março de 2008 às 08:00
  • ...

Conhece a anedota sobre o mundo da corretagem e o papel do corretor? Um Padre morreu e enquanto estava na fila de espera às portas do céu, viu um senhor bem vestido com óculos de sol, tshirt garrida, blusão de cabedal e jeans. S. Pedro questionou-o:

- Quem és tu? Porque te devo admitir no Reino dos Céus?

-Sou Joe Cohen, corretor de Nova Iorque.

S. Pedro consulta a lista e responde: “Toma este robe de seda, esta bengala dourada e entre no Reino dos céus!”

Chega a vez do Padre... Quem és tu?

-Sou Joseph Snow, Pastor de Santa Maria nos últimos 43 anos!

-Muito bem. Pega nesta bengala de madeira e neste robe de algodão e entra no Reino dos céus.

-Um minuto, riposta o Padre, então ele leva roupão de seda, bengala dourada e eu... S. Pedro interrompe-o: “Aqui em cima pagamos pelos resultados: enquanto tu pregavas as pessoas dormiam, já os clientes dele rezavam!” Ou seja, investir nos mercados de capitais implica nervos de aço e acima de tudo conhecimento. Aplique-se. Analise bem antes de investir. Abaixo tem uma tabela comparativa dos preços praticados. Faça simulações, não se fie em rumores, diversifique a carteira, em sectores e títulos. Pense a longo prazo, mínimo cinco anos.

Para entrar na Bolsa

Um investidor não pode negociar directamente na Bolsa, por isso tem de encontrar um intermediário (veja o site da CMVM), contudo, a maioria dos bancos já tem serviço de corretagem. O investidor pode dar orden de bolsa através da net, telefone, sms, fax e ao balcão. Mas os preços variam de acordo com o canal utilizado. Tem de abrir uma conta, as empresas só de corretagem exigem montantes mínimos. Se pretende transferir a conta terá de ver os custos, que variam.

Os intermediários financeiros cobram uma comissão de valor transaccionado, em regra, esta varia entre os 3 e os 15 euros, podendo já estar incluída a taxa de bolsa. “As variáveis variam entre 0,2 e 0,7 do valor transaccionado com um mínimo entre 0,91 e 6,05 euros consoante os intermediários”, contabiliza um artigo da Deco. A estes montantes pode juntar-se a taxa de Bolsa, 2 euros por negócio. Após constituir a carteira terá ainda de pagar a guarda de títulos, pagamento de comissões quando receber dividendos.

Um outro tema importante: comprar e vender acções não está isento de impostos. Tanto os rendimentos obtidos com o ganho dos dividendos, como a venda de títulos são tributados. Nos primeiros, o consumidor já recebe os lucros deduzidos de impostos. A Deco alerta: “Quando entregar a declaração verifique se vale a pena optar pelo englobamento.” Quanto aos dividendos, os investidores que detenham acções a médio, longo prazo, e que periodicamente recebam dividendos, isto porque parte dos lucros das empresas é distribuído aos accionistas. Sobre 50% destes rendimentos é aplicada uma taxa de 20%. Só chegam à sua carteira 90% dos lucros obtidos. Excepção: se a sede da empresa está localizada fora de Portugal.

Segundo a Deco para comunicar ordens de bolsa o canal da internet é o mais barato. “Para o pequeno investidor, negociar na Bolsa nacional, por exemplo através do canal do banco Santander Totta permite poupar 124 euros face ao balcão.”

Transacções online em alta

O segmento online do volume de transacção de instrumentos financeiros cresceu de forma assinalável em Janeiro de 2008, segundo os últimos dados da CMVM. O aumento cifrou-se na casa dos 41,5% face a Dezembro de 2007, com um valor global de 1.868.551 milhões de euros. Neste primeiro mês de 2008, o BCP liderou as transacções neste canal com 18% do volume, contra 16% do BIG e 14,7% do Activobank.

Ordens crescem 200%

Em Janeiro deste ano, o total de ordens atingiu os 38 mil milhões de euros. Um acréscimo, substancial, de 200,9%, face ao mês anterior. Foi o aumento da negociação em acções que sustentou o crescimento do peso do mercado português. As ordens direccionadas para outros mercados cresceram 21% face ao último mês, sendo a Espanha (6,2%), a França (5,5%) e os EUA (3,2%) os mais significativos. Os intermediários com maior peso nas negociações sobre acções foram o BESI (19,6%), o BES (11,8%), o BPI (9,6%), o Caixa BI (9,1%) e o Millennium BCPI (6,4%).

Em termos de todas as transacções, o aumento de negociação em acções contribuiu decisivamente para o crescimento do peso do mercado nacinal enquanto destino das ordens recebidas por intermediários financeiros a actuar no nosso país (mais 83% do que em 2006).

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio