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Oitante duplica lucros em 2021

Instituição fechou o ano com um resultado líquido de 24 milhões de euros. Ainda assim, avisa que o pagamento futuro de dividendos pode ser afetado "pelo cenário de estagflação da economia".

A Oitante foi criada em 2015, após a resolução do antigo Banif.
19 de Julho de 2022 às 11:51
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A Oitante, instrumento que gere os ativos problemáticos após a resolução do Banif, fechou o ano passado com um lucro de 24 milhões de euros, quase duplicando o valor face aos 12,6 milhões registados no ano anterior.

Em comunicado, a instituição liderada por Miguel Barbosa frisa que "os capitais próprios alcançaram os 135,1 milhões de euros, mais 21,6% face a 2021" e que "o total do ativo reduziu-se em 133,9 milhões de euros, para os 191,9 milhões de euros".

"A carteira de imóveis diminui 27% (- 575 imóveis), já o valor nominal da carteira de crédito reduziu-se em 24%", lê-se.

O anúncio dos resultados surgem poucos dias depois de a Oitante ter comunicado o pagamento, na íntegra, do empréstimo obrigacionista ao Santander, que tinha garantias públicas, antecipando o seu vencimento em 3 anos e meio.

No relatório e contas, a instituição frisava já que "o trabalho a ser desenvolvido durante o ano de 2022" tinha "como prioridade alcançar o primeiro grande objetivo da Oitante: o pagamento integral da dívida da sociedade emitida em 2015".

O outro objetivo para este ano, fixado pela instituição no documento, é "lançar as bases para o cumprimento" de outra grande meta do plano estratégico: retomar o pagamento de dividendos ao acionista". Ainda assim, a Oitante reconhece que "o valor pode vir a ser afetado pelo cenário de estagflação da economia portuguesa que alguns economistas começam a vislumbrar nas suas previsões, na medida em que, por um lado, prevê-se para 2022 valores de inflação record neste milénio e, por outro, a incerteza e instabilidade ameaçam fortemente o crescimento económico".

Apesar do aviso, o veículo liderado por Miguel Barbosa assume no relatório e contas que, para conseguir remunerar os acionistas, continuará a "desinvestir os seus ativos imobiliários e [manter-se] focada em recuperar o crédito malpadado".

"Torna-se também essencial manter o desinvestimento das restantes participações financeiras, fundos de private equity, e fundos de investimento imobiliário, que ainda fazem parte do seu balanço", frisa a Oitante no documento.

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