Notícia
O Montepio vai a votos e há quatro candidatos a presidente
São cinco as listas candidatas às eleições da Associação Mutualista Montepio Geral, mas só quatro querem a presidência. O próximo líder terá de enfrentar uma nova supervisão e, por isso, uma relação diferente com a Caixa Económica.
O Montepio vai a votos. É a 2 de Dezembro que os associados da Associação Mutualista Montepio Geral vão dizer quem querem à frente da administração: se António Tomás Correia, no cargo desde 2008, ou um dos três oponentes. Eugénio Rosa, que tem contestado a actual presidência, António Godinho, que escreveu um livro com propostas de renovação do grupo, e Luís Alberto Silva, da União das Mutualidades Portuguesas, são os nomes que desafiam a presidência.
Uma semana depois do final do prazo para a entrega de candidaturas, a Associação Mutualista Montepio Geral divulgou as listas que se candidatam para o sufrágio de 2 de Dezembro. Ao todo, são cinco as listas formadas, ainda que uma, a B, se candidate apenas ao conselho geral e não à administração da associação que controla a Caixa Económica Montepio Geral mas também a Fundação, as residências e a seguradora Lusitânia.
As listas
A Lista A, que defende "Um Montepio para todos", é liderada por António Tomás Correia, na presidência desde 2008. No último ano, teve de sair da liderança da Caixa Económica Montepio Geral para uma separação da gestão face à sua proprietária, e logo anunciou que se iria recandidatar à Mutualista para combater "a má imagem" que disse existir na instituição na sequência de notícias que considerou negativas. Vítor Melícias é o candidato à presidência da mesa da assembleia, um cargo que ocupa desde 2008. Calvão da Silva, o ministro da Administração Interna, está na comissão de honra da Lista A.
Criticando a "gestão desastrosa" de Tomás Correia, surge a Lista C de Eugénio Rosa, que se encontrava no conselho geral da Mutualista. Quer trazer "segurança, transparência, confiança na gestão do Montepio". Critica a elevada dependência da caixa face à associação. Diz, na sua candidatura, que houve uma capitalização da Caixa Económica Montepio Geral com 1,1 mil milhões de euros vindos dos associados mutualistas.
"Renovar o Montepio" é o nome de um livro escrito por António Godinho e Alexandre Abrantes. E está também na candidatura da lista D para as eleições de 2 de Dezembro. Godinho é o nome para a administração que tem como vogal proposto João Proença, que foi líder da UGT – União Geral de Trabalhadores. O antigo ministro Bagão Félix é o candidato para o conselho fiscal de uma lista que também tem como objectivo garantir autonomia da associação face à caixa.
A Lista E tem como principal nome Luís Alberto Silva, que já esteve na corrida pela presidência do Montepio noutros anos e que actualmente preside à União das Mutualistas Portuguesas. "O Montepio é seu" é o mote de uma candidatura que, por exemplo, propõe-se a reestruturar empresas do grupo para que a Mutualista se possa concentrar no seu trabalho.
Sem nome para a presidência, a Lista B avança apenas para o conselho geral, com a proposta de "banca ética". Manuel Dias Ferreira é a principal cara da lista, que aceita uma gestão separada da Caixa económica e da Mutualista mas que diz que esta última tem de ter, sempre, a última palavra a dizer.
O desafio da supervisão
Seja qual for o vencedor, há desafios pela frente no mandato de 2016-2018. Desde logo, é expectável uma nova supervisão. Actualmente sob o olhar do Ministério da Solidariedade Social, a Associação Mutualista terá de responder perante um novo Código das Associações Mutualistas – um diploma prometido pelo anterior Executivo que nunca chegou a ser aprovado.
As divergências entre o Ministério das Finanças e o Ministério da Solidariedade Social sobre a forma de implementar a nova supervisão, em que o objectivo é dar poderes à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), impediram a sua entrada em vigor até aqui. Mas a mudança deverá ocorrer.
Aliás, a própria Caixa Económica alerta para riscos advindos da ligação à Mutualista com a nova supervisão, nomeadamente a possibilidade de serem impostos rácios de concentração das aplicações à sua detentora.
Uma semana depois do final do prazo para a entrega de candidaturas, a Associação Mutualista Montepio Geral divulgou as listas que se candidatam para o sufrágio de 2 de Dezembro. Ao todo, são cinco as listas formadas, ainda que uma, a B, se candidate apenas ao conselho geral e não à administração da associação que controla a Caixa Económica Montepio Geral mas também a Fundação, as residências e a seguradora Lusitânia.
A Lista A, que defende "Um Montepio para todos", é liderada por António Tomás Correia, na presidência desde 2008. No último ano, teve de sair da liderança da Caixa Económica Montepio Geral para uma separação da gestão face à sua proprietária, e logo anunciou que se iria recandidatar à Mutualista para combater "a má imagem" que disse existir na instituição na sequência de notícias que considerou negativas. Vítor Melícias é o candidato à presidência da mesa da assembleia, um cargo que ocupa desde 2008. Calvão da Silva, o ministro da Administração Interna, está na comissão de honra da Lista A.
Criticando a "gestão desastrosa" de Tomás Correia, surge a Lista C de Eugénio Rosa, que se encontrava no conselho geral da Mutualista. Quer trazer "segurança, transparência, confiança na gestão do Montepio". Critica a elevada dependência da caixa face à associação. Diz, na sua candidatura, que houve uma capitalização da Caixa Económica Montepio Geral com 1,1 mil milhões de euros vindos dos associados mutualistas.
"Renovar o Montepio" é o nome de um livro escrito por António Godinho e Alexandre Abrantes. E está também na candidatura da lista D para as eleições de 2 de Dezembro. Godinho é o nome para a administração que tem como vogal proposto João Proença, que foi líder da UGT – União Geral de Trabalhadores. O antigo ministro Bagão Félix é o candidato para o conselho fiscal de uma lista que também tem como objectivo garantir autonomia da associação face à caixa.
A Lista E tem como principal nome Luís Alberto Silva, que já esteve na corrida pela presidência do Montepio noutros anos e que actualmente preside à União das Mutualistas Portuguesas. "O Montepio é seu" é o mote de uma candidatura que, por exemplo, propõe-se a reestruturar empresas do grupo para que a Mutualista se possa concentrar no seu trabalho.
Sem nome para a presidência, a Lista B avança apenas para o conselho geral, com a proposta de "banca ética". Manuel Dias Ferreira é a principal cara da lista, que aceita uma gestão separada da Caixa económica e da Mutualista mas que diz que esta última tem de ter, sempre, a última palavra a dizer.
O desafio da supervisão
Seja qual for o vencedor, há desafios pela frente no mandato de 2016-2018. Desde logo, é expectável uma nova supervisão. Actualmente sob o olhar do Ministério da Solidariedade Social, a Associação Mutualista terá de responder perante um novo Código das Associações Mutualistas – um diploma prometido pelo anterior Executivo que nunca chegou a ser aprovado.
As divergências entre o Ministério das Finanças e o Ministério da Solidariedade Social sobre a forma de implementar a nova supervisão, em que o objectivo é dar poderes à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), impediram a sua entrada em vigor até aqui. Mas a mudança deverá ocorrer.
Aliás, a própria Caixa Económica alerta para riscos advindos da ligação à Mutualista com a nova supervisão, nomeadamente a possibilidade de serem impostos rácios de concentração das aplicações à sua detentora.