Notícia
Novo Banco mais do que triplica lucros em 2022 para 560,8 milhões
Crescimento da margem financeira, venda de imobiliário - incluindo a sede - e redução das provisões ajudam a subir resultados. Em 2021, o lucro era de 184,5 milhões, bastante abaixo do valor do ano passado.
09 de Março de 2023 às 07:42
O Novo Banco registou um lucro de 560,8 milhões de euros em 2022, mais do que triplicando os resultados registados do ano anterior, que se fixaram em 184,5 milhões de euros. A venda da sede, a redução das provisões e a subida da margem financeira ajudaram na obtenção dos resultados.
A informação foi comunicada à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) na manhã desta quinta-feira. Segundo o documento, o lucro de 2022 reflete o "resultado da execução da estratégia com foco no crescimento sustentado do negócio, sólida geração de receita e capital, não obstante a atual incerteza macroeconómica", aponta a instituição liderada por Mark Bourke (na foto).
"Em 2022 o Grupo Novo Banco apresenta um resultado de 560,8M€ (+376,3M€ vs 2021), cuja evolução reflete a melhoria dos resultados operacionais do Banco (+114,2M€; +20,2%) e a redução do nível de imparidades e provisões (-241,5M€; -68,5%)", frisa a instituição financeira.
"A margem financeira totalizou 625,5M€ (+52,1M€; +9,1% vs 2021), reflexo da melhoria da taxa média dos ativos", uma evolução que "mais que compensou o custo suportado com as emissões de dívida sénior" e a "alteração das taxas de juro do financiamento" junto do BCE.
"O desempenho da margem financeira está em linha com as expectativas para o ano de 2022 e com o atual contexto macroeconómico de subida generalizada das taxas de juro, com a estratégia de gestão de ativos e passivos a mitigar os efeitos da pressão inflacionista", lê-se no comunicado.
O produto bancário também cresceu, ascendendo a 1.126,3 milhões, o que representa uma subida de 15,9% face a 2021.
No que toca ao financiamento, "o montante afeto a imparidades e provisões totalizou 88,7 milhões de euros, o qual inclui a provisão de 57 milhões relativa à tributação dos imóveis introduzida pela Lei do Orçamento de Estado de 2021", ainda assim o valor foi mais baixo do que no passado. Esta era, aliás, uma rubrica que nos últimos anos vinha a pesar significativamente nas contas.
Além disso, o banco explica o lucro alcançado em 2022 inclui também os ganhos inscritos na rubrica "outros resultados de exploração no valor de 183,6 milhões de euros, derivado do processo de desalavancagem do portefólio imobiliário, que inclui a venda do edifício da atual sede" por 112,2 milhões.
A instituição bancária especifica que este valor inclui 77,1 milhões com a venda no segundo trimestre de 2022 de um portefólio de imóveis, 71,5 milhões da venda do edifício da sede no terceiro trimestre do ano passado e 40,4 milhões de "recuperação de crédito vencido".
"De realçar ainda as contribuições para os fundos de resolução de 40,9 milhões de euros", sendo que 24,5 milhões são para o fundo único de resolução e 15,4 milhões para o fundo de resolução nacional.
O saldo médio dos depósitos de clientes foi de 28,3 mil milhões de euros, com uma taxa média de remuneração de 0,19%, ligeiramente acima dos valores de 2021 (0,17%).
O crédito a clientes (líquido de imparidades) aumentou para 24,6 mil milhões de euros, tendo subido 3,8% face a dezembro de 2021", confirmando a trajetória de crescimento da carteira de crédito tanto no segmento de retalho como de empresas, num ambiente de taxas mais favoráveis". Já o crédito bruto alcançou a marca de 25,617 mil milhões de euros. Os empréstimos a empresas totalizam 14,24 mil milhões de euros, enquanto as famílias atingiram 11,37 mil milhões, quase 10 mil milhões para habitação.
O rácio de crédito malparado, que já estava abaixo da meta de 5% prevista na restruturação do banco, assim continuou: no final de 2022 foi de 4,3% (era de 5,7% um ano antes).
O rácio de capital Common Equity Tier 1 (CET1), que mede a solidez financeira, foi de 13,7%, acima do requisito regulamentar.
O Novo Banco sublinha que ainda tem divergências com o Fundo de Resolução relativos a parte da injeção do exercício de 2020 (no montante de 165 milhões) o que inclui a venda da operação em Espanha, outra relativa a 2021 (209 milhões) e uma terceira relativa a alterações contabilísticas, de valor não confirmado, mas que no passado já foi contabilizado em mais de 100 milhões de euros.
(Notícia atualizada)
A informação foi comunicada à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) na manhã desta quinta-feira. Segundo o documento, o lucro de 2022 reflete o "resultado da execução da estratégia com foco no crescimento sustentado do negócio, sólida geração de receita e capital, não obstante a atual incerteza macroeconómica", aponta a instituição liderada por Mark Bourke (na foto).
"A margem financeira totalizou 625,5M€ (+52,1M€; +9,1% vs 2021), reflexo da melhoria da taxa média dos ativos", uma evolução que "mais que compensou o custo suportado com as emissões de dívida sénior" e a "alteração das taxas de juro do financiamento" junto do BCE.
"O desempenho da margem financeira está em linha com as expectativas para o ano de 2022 e com o atual contexto macroeconómico de subida generalizada das taxas de juro, com a estratégia de gestão de ativos e passivos a mitigar os efeitos da pressão inflacionista", lê-se no comunicado.
O produto bancário também cresceu, ascendendo a 1.126,3 milhões, o que representa uma subida de 15,9% face a 2021.
No que toca ao financiamento, "o montante afeto a imparidades e provisões totalizou 88,7 milhões de euros, o qual inclui a provisão de 57 milhões relativa à tributação dos imóveis introduzida pela Lei do Orçamento de Estado de 2021", ainda assim o valor foi mais baixo do que no passado. Esta era, aliás, uma rubrica que nos últimos anos vinha a pesar significativamente nas contas.
Além disso, o banco explica o lucro alcançado em 2022 inclui também os ganhos inscritos na rubrica "outros resultados de exploração no valor de 183,6 milhões de euros, derivado do processo de desalavancagem do portefólio imobiliário, que inclui a venda do edifício da atual sede" por 112,2 milhões.
A instituição bancária especifica que este valor inclui 77,1 milhões com a venda no segundo trimestre de 2022 de um portefólio de imóveis, 71,5 milhões da venda do edifício da sede no terceiro trimestre do ano passado e 40,4 milhões de "recuperação de crédito vencido".
"De realçar ainda as contribuições para os fundos de resolução de 40,9 milhões de euros", sendo que 24,5 milhões são para o fundo único de resolução e 15,4 milhões para o fundo de resolução nacional.
O saldo médio dos depósitos de clientes foi de 28,3 mil milhões de euros, com uma taxa média de remuneração de 0,19%, ligeiramente acima dos valores de 2021 (0,17%).
O crédito a clientes (líquido de imparidades) aumentou para 24,6 mil milhões de euros, tendo subido 3,8% face a dezembro de 2021", confirmando a trajetória de crescimento da carteira de crédito tanto no segmento de retalho como de empresas, num ambiente de taxas mais favoráveis". Já o crédito bruto alcançou a marca de 25,617 mil milhões de euros. Os empréstimos a empresas totalizam 14,24 mil milhões de euros, enquanto as famílias atingiram 11,37 mil milhões, quase 10 mil milhões para habitação.
O rácio de crédito malparado, que já estava abaixo da meta de 5% prevista na restruturação do banco, assim continuou: no final de 2022 foi de 4,3% (era de 5,7% um ano antes).
O rácio de capital Common Equity Tier 1 (CET1), que mede a solidez financeira, foi de 13,7%, acima do requisito regulamentar.
O Novo Banco sublinha que ainda tem divergências com o Fundo de Resolução relativos a parte da injeção do exercício de 2020 (no montante de 165 milhões) o que inclui a venda da operação em Espanha, outra relativa a 2021 (209 milhões) e uma terceira relativa a alterações contabilísticas, de valor não confirmado, mas que no passado já foi contabilizado em mais de 100 milhões de euros.
(Notícia atualizada)