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Novo Banco incorpora banco das Caimão para cortar custos

O BIC International Bank Limited, sucursal do Novo Banco nas Ilhas Caimão, vai ser integrado no banco português. O objectivo é impedir a duplicação de administrações e a contabilidade autónoma na altura da venda do Novo Banco.

Miguel Baltazar/Negócios
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O Novo Banco está a incorporar a sucursal que detinha nas Ilhas Caimão. O objectivo é cortar custos e "eliminar níveis organizacionais supérfluos e totalmente injustificados", como justifica na proposta de fusão, a que o Negócios teve acesso. Uma reestruturação interna para simplificar o grupo que está a ser alienado. 

 

O BIC International Bank Limited, totalmente detido pelo Novo Banco (pertencia já ao Banco Espírito Santo e não está ligado ao português BIC), é uma sucursal que, com a operação, deixa de ter existência jurídica autónoma.

 

"A existência de custos da manutenção de várias sociedades autónomas, aliada à multiplicação de órgãos sociais, de tarefas administrativas e de obrigações de diversa natureza, nomeadamente contabilístico-fiscal, não é compatível com a necessidade de controlar/reduzir os custos operacionais e administrativos das sociedades participantes, no sentido de racionalização e maior eficiência de toda a actividade, vector fundamental face a crescente competitividade nos mercados", indica o documento.

 

A operação passa pela transferência global de todo o património do BIC International Bank Limited para a instituição financeira presidida por António Ramalho (na foto). Os valores transmitidos não vão ser alvo de alteração já que a integração será feita com os valores inscritos no balanço.

 
Segundo os anexos ao projecto de fusão por incorporação, o banco com sede nas Ilhas Caimão apresentava prejuízos de 857 mil euros até Setembro, com um activo de 100 milhões, um passivo de 209 milhões, resultando num capital próprio negativo de 109 milhões.

 

"A concentração das sinergias do BIC International Bank no Novo Banco permitirá optimizar os recursos existentes", justifica o projecto de fusão, que produz efeitos a 31 de Dezembro.

 

A operação ocorre em pleno processo de venda da instituição financeira, que o Banco de Portugal quer dar por terminado no próximo mês. O grupo chinês Minsheng e os americanos da Lone Star e do consórcio Apollo/Centerbridge são os candidatos estrangeiros e melhor posicionados para ficar com a instituição financeira, sendo que o BCP e o BPI também apresentaram propostas.

 

Nesse caminho para sair das mãos do Fundo de Resolução, o Novo Banco tem passados processos de simplificação da sua organização. Houve lugar à redução de pessoal, cortes de funções de topo, mas também à venda de operações no estrangeiro e de segmentos de áreas de negócio não centrais (Espírito Santo Ventures, por exemplo).

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