Notícia
Nova reserva contra riscos de crédito não ameaça dividendo do BCP
Miguel Maya, CEO do banco, avançou que a estratégia de investimento e de remuneração acionista não será alterada no seguimento da medida do Banco de Portugal.
16 de Novembro de 2023 às 15:00
Os bancos em Portugal vão ter de criar uma nova almofada financeira para acautelar riscos relacionados com crédito à habitação. A reserva de 4% do valor total da carteira de crédito que tenha imóveis como garantia tem de estar constituída em outubro do próximo ano e o BCP, o único banco cotado na bolsa de Lisboa, diz que não mudará a estratégia, nomeadamente de remuneração acionista.
"No caso do BCP não vai alterar absolutamente nada – nem dividendos nem investimentos – porque já temos isso incorporado", assegurou Miguel Maya, CEO do BCP, esta quinta-feira, na conferência "Banca do Futuro" organizada pelo Jornal de Negócios. Sublinhou que não entende que a nova almofada represente um excesso de cautela.
Ainda na semana passada, Miguel Maya confirmou que BCP vai pagar dividendos relativos ao resultado de 2023, "com a prudência adequada aos desafios que estamos a viver".
O valor só deverá, contudo, ser conhecido aquando da apresentação de resultados anuais do banco que lucrou 557 milhões de euros nos primeiros nove meses.
A par do BCP, também os restantes representantes dos cinco maiores bancos em Portugal foram questionados na conferência "Banca do Futuro" sobre a nova almofada de capital do Banco de Portugal, que vai abranger quatro bancos - BCP, Novo Banco, BPI e Santander Portugal -, que terão de pôr de lado 400 milhões de euros.
As almofadas que terão de ser criadas variam, consoante a instituição financeira, entre os 50 e os 150 milhões de euros. O Novo Banco indicou que ficará "no limite inferior" do intervalo. "O banco está muito capitalizado", afirmou o administrador Luís Ribeiro.
Já Francisco Barbeira, administrador do BPI, respondeu que "a banca tem de estar preparada para ciclos económicos e para fazer investimento", mas realçou que tem "muito mais custos de regulação e controlo de riscos".
"No caso do BCP não vai alterar absolutamente nada – nem dividendos nem investimentos – porque já temos isso incorporado", assegurou Miguel Maya, CEO do BCP, esta quinta-feira, na conferência "Banca do Futuro" organizada pelo Jornal de Negócios. Sublinhou que não entende que a nova almofada represente um excesso de cautela.
O valor só deverá, contudo, ser conhecido aquando da apresentação de resultados anuais do banco que lucrou 557 milhões de euros nos primeiros nove meses.
A par do BCP, também os restantes representantes dos cinco maiores bancos em Portugal foram questionados na conferência "Banca do Futuro" sobre a nova almofada de capital do Banco de Portugal, que vai abranger quatro bancos - BCP, Novo Banco, BPI e Santander Portugal -, que terão de pôr de lado 400 milhões de euros.
As almofadas que terão de ser criadas variam, consoante a instituição financeira, entre os 50 e os 150 milhões de euros. O Novo Banco indicou que ficará "no limite inferior" do intervalo. "O banco está muito capitalizado", afirmou o administrador Luís Ribeiro.
Já Francisco Barbeira, administrador do BPI, respondeu que "a banca tem de estar preparada para ciclos económicos e para fazer investimento", mas realçou que tem "muito mais custos de regulação e controlo de riscos".