Notícia
Morgan Stanley eleva cortes de postos de trabalho na banca mundial para máximos de 2015
O número de bancos em todo o mundo que anunciaram este ano cortes de pessoal supera a meia centena e o número de postos de trabalho a serem suprimidos excede os 77 mil, constituindo o valor mais elevado desde 2015.
27 de Dezembro de 2019 às 09:23
O setor financeiro mundial continua a recorrer à supressão de postos de trabalho para reduzir custos, com a banca europeia a liderar esta tendência, muito por culpa da política de juros negativos seguida pelo Banco Central Europeu (BCE). Segundo o mais recente levantamento realizado pela Bloomberg, são mais de 50 as instituições financeiras mundiais a terem anunciado este ano cortes de pessoal num total de 77.780 empregos, o valor mais elevado desde 2015, ano em que foram anunciados 91.448 cortes de postos de trabalho.
O Morgan Stanley foi o banco mais recente a indicar cortes no número de funcionários. O banco norte-americano vai eliminar cerca de 1.500 empregos.
A banca europeia é responsável por quase 82% dos cortes de pessoal anunciados, com destaque para o Deutsche Bank, que quer suprimir 18 mil postos até 2022. O italiano Unicredit revelou planos para eliminar oito mil empregos. Ainda no Velho Continente, Santander, Commerzbank e HSBC vão reduzir entre 4.000 a 5.400 colaboradores, na fasquia dos 3.000 estão o Barclays e o Alfa-Bank e KBC, Sóciété Général e Caixabank fecham a lista, com a pretensão de reduzir entre 2.000 e 2.100 funcionários.
Estes números sublinham a fragilidade dos bancos europeus num contexto em que as guerras comerciais abalam as economias dos Estados membros da União Europeia e as taxas de juro dos depósitos se mantêm negativas. Este é um cenário que contrasta com o de aumento de taxas de juro que se verificou nos Estados Unidos num período posterior à crise, embora mais recentemente a Fed tenha voltado a recuar nestas taxas, pela primeira vez em dez anos.
Nos últimos seis anos, a banca mundial anunciou a eliminação de mais de 425 mil postos de trabalho.
E, de acordo com a Bloomberg, esta tendência de redução de pessoal na banca deverá prosseguir no próximo ano, com o grupo suíço Julius Baer a ponderar cortes para reduzir custos num cenário de maior concorrência e margens mais apertadas, enquanto o espanhol BBVA planeia suprimir empregos na área de soluções para clientes, podendo alargar os cortes de pessoal a outras áreas de atividade.
O Morgan Stanley foi o banco mais recente a indicar cortes no número de funcionários. O banco norte-americano vai eliminar cerca de 1.500 empregos.
Estes números sublinham a fragilidade dos bancos europeus num contexto em que as guerras comerciais abalam as economias dos Estados membros da União Europeia e as taxas de juro dos depósitos se mantêm negativas. Este é um cenário que contrasta com o de aumento de taxas de juro que se verificou nos Estados Unidos num período posterior à crise, embora mais recentemente a Fed tenha voltado a recuar nestas taxas, pela primeira vez em dez anos.
Nos últimos seis anos, a banca mundial anunciou a eliminação de mais de 425 mil postos de trabalho.
E, de acordo com a Bloomberg, esta tendência de redução de pessoal na banca deverá prosseguir no próximo ano, com o grupo suíço Julius Baer a ponderar cortes para reduzir custos num cenário de maior concorrência e margens mais apertadas, enquanto o espanhol BBVA planeia suprimir empregos na área de soluções para clientes, podendo alargar os cortes de pessoal a outras áreas de atividade.