Notícia
Moody’s melhora perspetiva da banca nacional, mas deixa alertas
A agência alerta que os bancos vão continuar sob pressão devido, entre outros fatores, aos níveis "persistentemente elevados" de provisões.
A Moody's melhorou a sua perspetiva sobre alguns setores bancários europeus. Para a banca portuguesa, passou de "negativa" para "estável". Ainda assim, a agência de notação financeira deixa alguns alertas para as instituições financeiras nacionais.
"O outlook sobre cinco sistemas bancários europeus foram revistos para 'estável' de 'negativo'", refere a Moody’s numa nota divulgada esta quinta-feira. Este grupo inclui Noruega, Hungria, Finlândia, Eslováquia, mas também Portugal, graças "à melhoria das condições económicas à medida que a região recupera da pandemia".
"Mudámos a perspetiva para o sistema bancário português para 'estável' face a 'negativo'", refere, notando que isto "reflete o regresso antecipado da economia nacional ao crescimento em 2021, após uma contratação em 2020 provocada pela covid-19".
Ainda assim, diz a agência, "esperamos um aumento no crédito malparado" devido aos efeitos da pandemia na economia. Isto à medida que terminam as medidas adotadas pelo Governo, nomeadamente as moratórias, refere.
"Os bancos também vão enfrentar uma persistente pressão sobre a rentabilidade devido à baixa procura por empréstimos e baixas taxas de juro, assim como aos níveis persistentemente altos de provisões", nota.
No ano passado, os maiores bancos portugueses registaram quase três mil milhões de euros em imparidades e provisões. O objetivo foi, em parte, responder ao impacto da covid-19 na economia e, persistentemente, na banca.
"Os bancos registaram provisões em 2020 contra possíveis perdas futuras, mas acreditamos que isto não será suficiente para cobrir a esperada deterioração da qualidade dos ativos", remata.
"O outlook sobre cinco sistemas bancários europeus foram revistos para 'estável' de 'negativo'", refere a Moody’s numa nota divulgada esta quinta-feira. Este grupo inclui Noruega, Hungria, Finlândia, Eslováquia, mas também Portugal, graças "à melhoria das condições económicas à medida que a região recupera da pandemia".
Ainda assim, diz a agência, "esperamos um aumento no crédito malparado" devido aos efeitos da pandemia na economia. Isto à medida que terminam as medidas adotadas pelo Governo, nomeadamente as moratórias, refere.
"Os bancos também vão enfrentar uma persistente pressão sobre a rentabilidade devido à baixa procura por empréstimos e baixas taxas de juro, assim como aos níveis persistentemente altos de provisões", nota.
No ano passado, os maiores bancos portugueses registaram quase três mil milhões de euros em imparidades e provisões. O objetivo foi, em parte, responder ao impacto da covid-19 na economia e, persistentemente, na banca.
"Os bancos registaram provisões em 2020 contra possíveis perdas futuras, mas acreditamos que isto não será suficiente para cobrir a esperada deterioração da qualidade dos ativos", remata.