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Ministro polaco defende que a conversão de hipotecas deve ser voluntária

O vice-primeiro-ministro da Polónia defende que a conversão para zlotys dos créditos hipotecários feitos em francos suíços deve ser "voluntária". O governante admite alterações à proposta em cima da mesa.

17 de Fevereiro de 2016 às 15:49
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A conversão para zlotys (moeda polaca) dos créditos hipotecários contratados em francos suíços junto de vários bancos da Polónia, entre os quais o Bank Millennium, controlado pelo BCP, deve ser "voluntária", defendeu o vice-primeiro-ministro da Polónia. A preocupação de Mateusz Morawiecki é evitar processos judiciais de bancos estrangeiros, avança a Reuters.

 

"Sou um forte defensor de uma solução voluntária para a questão dos créditos em francos suíços", afirmou o governante aos jornalistas, de acordo com a agência britânica.

 

"Temos acordos bilaterais com outros países e se houver uma solução obrigatória os investidores estrangeiros terão o direito de recorrer a tribunais internacionais para fazerem ouvir o seu ponto de vista. Não quero enfrentar anos de litigância", justificou Morawiecki.

 

O vice-primeiro-ministro polaco admitiu mesmo que possa haver ajustamentos à proposta apresentada em Janeiro pelo presidente, garantindo, no entanto, que neste momento não estão a ser trabalhadas alterações.

 

"O presidente fez a proposta porque tinha prometido apresentá-la, mas não irá forçá-la. Espero que prevaleça uma solução de bom senso na questão dos francos suíços", defendeu o governante polaco, citado pela Reuters.

 

A proposta de conversão para zlotys dos créditos em francos suíços foi apresentada em Janeiro e prevê que os bancos assumam os custos desta alteração. O banco central da Polónia prevê que o modelo de conversão apresentado pelo presidente represente encargos de 44 mil milhões de zlotys (10 mil milhões de euros) para o sistema financeiro.

 

Deste valor, e de acordo com os cálculos dos analistas, o Bank Millennium, controlado pelo BCP, poderá ter custos de 300 milhões com este processo. A confirmar-se este valor, o impacto desta medida nas contas da instituição liderada por Nuno Amado pode ascender a 150 milhões.
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