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Miguel Maya descarta imobiliário como motivo de próxima crise, mas alerta para preços

O presidente do BCP defende que a banca está a apoiar projectos que fazem sentido, e que a falta de habitação se deve aos anos da crise. No entanto, admite que há problemas no que diz respeito ao preços.

Vítor Mota
25 de Outubro de 2018 às 11:27
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O presidente executivo do Millennium BCP, Miguel Maya, disse esta quinta-feira, 25 de Outubro, não acreditar que o sector imobiliário "venha a ser motivo" de uma eventual crise no sector financeiro em Portugal. Mas alertou para a formação do preço.

 

Miguel Maya falava no debate "Os Desafios da Banca no Portugal 20 - 30 e o futuro do dinheiro", no âmbito da conferência "O Futuro do Dinheiro", organizada pelo Dinheiro Vivo, TSF e EY, que está a decorrer em Lisboa.

 

Questionado sobre se o sector aprendeu com os erros do passado, nomeadamente no que se refere ao imobiliário, Miguel Maya afirmou: "Não acredito que o imobiliário em Portugal venha a ser motivo da próxima crise".

 

"O que vejo fazer na banca portuguesa é o apoio a projectos que fazem sentido", acrescentou. O presidente executivo do BCP apontou que "toda a gente se queixa que há falta de habitação", mas é preciso não esquecer que "essa falta resultou de os projectos estarem parados sete ou oito anos". "Tenho as maiores dúvidas" que essa eventual crise aconteça, acrescentou.

 
Preço não dá tantas certezas

"Não sou tão assertivo se se começar a falar do preço. Temo que se estejam a cometer alguns erros do passado. Um preço que não está ajustado ao risco", considerou o responsável, no mesmo evento. 

 

"Relativamente ao que está a acontecer no preço, estamos a praticar preços que em algumas situações não estão ajustados ao risco", mas é "evidente que quando há falta de oferta os preços sobem", concluiu.

 

Por sua vez, o presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, apontou que "o mercado mobiliário tem mais procura que oferta" e apontou que se fala "em bolha imobiliária quando não há oferta suficiente".

 

 

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