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Mercer: Banca europeia vai aumentar salários base para não perder funcionários
A consultora Mercer realizou um estudo que revela que, num esforço para continuarem competitivos e captarem funcionários talentosos, um grande número de bancos está a subir os salários base ou a pagar subsídios.
Aumentar os salários base ou pagar subsídios para não perder funcionários. Mais de metade dos bancos europeus - 63% - estão a "implementar ou estão a planear implementar aumentos dos salários base", de acordo com um estudo realizado pela Mercer.
No documento presente no site da consultora, é possível ler que, as exigências de capital impostas pela União Europeia - e que colocaram um travão nas compensações variáveis atribuídas pelo sector financeiro – está a dificultar a tarefa dos bancos europeus em gerir o desempenho dos efectivos.
Para evitar que os profissionais deixem as entidades bancárias e para continuarem a ser competitivos em atrair mão-de-obra qualificada, de acordo com o estudo, a banca está assim a aumentar os salários base ou a pagar subsídios. Porém, e de acordo com os critérios estabelecidos pela Autoridade Bancária Europeia (EBA na sigla inglesa), estes montantes não podem ser classificados de compensações fixas.
Este "Mercer’s Global Financial Services Executive Compensation Snapshot Survey", analisa informações de 78 organizações de serviços financeiros, incluindo 44 bancos em 18 países.
Segundo consta no site da empresa, Mark Quinn, da Mercer do Reino Unido e especialista em remuneração em serviços financeiros, "funcionários com elevados desempenhos esperam receber remunerações comparáveis com as dos seus colegas" mas as restrições impostas pela União Europeia não permitem o pagamento de compensações relacionadas com o desempenho.
Neste sentido, a banca "está à procura de outros métodos de colmatar esta falha e evitar que os funcionários deixem estas entidades por outras concorrentes menos reguladas, como os ‘hedge funds’".