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MB Way “crashou” no primeiro dia de desconfinamento e teve “transações anómalas”
Este sistema de pagamento, que regista diariamente uma média de 34 queixas por burla, esteve “em baixo” na tarde desta segunda-feira. A “fintech” EuPago teve clientes a reportar “transações anómalas”.
Na tarde desta segunda-feira, 4 de maio, primeiro dia útil após o desconfinamento, o sistema de pagamento MB Way, que funciona como uma espécie de multibanco no telemóvel, esteve "em baixo" durante algumas horas.
"Registaram-se, de facto, alguns constrangimentos de ordem técnica no MB Way na tarde de [ante]ontem, que poderão ter afetado algumas operações do serviço e alguns utilizadores num curto período de tempo", confirmou ao Negócios fonte oficial da SIBS, empresa que gere a rede multibanco e esta aplicação.
"E também é um facto que os nossos clientes foram prejudicados", insurgiu-se o empresário, que recebeu queixas de alguns a reportar que existiram "transações anómalas". De que tipo? Veiga preferiu não detalhar.
"A fazer tudo para mitigar o prejuízo" dos seus clientes, o co-CEO desta "fintech" disse acreditar que o facto de o sistema de pagamento ter "crashado" esta segunda-feira "se deveu ao grande fluxo de pagamentos MB Way ocorridos, uma vez que o período de queda se verificou no primeiro dia útil do mês e primeiro dia em que o país esteve fora do Estado de Emergência, que resultou num fluxo anormal de transações".
De resto, enfatizou a SIBS, "esses constrangimentos temporários já foram totalmente ultrapassados, estando o serviço a funcionar com toda a normalidade".
A SIBS afiançou que "tem equipas em permanência na monitorização, o que permitiu uma identificação imediata da situação e recuperação da mesma no menor espaço de tempo possível, de forma a ter o menor impacto possível na prestação do serviço junto dos seus utilizadores".
Entretanto, número de consumidores a queixar-se de ter sido burlado através do MB Way disparou durante o período de confinamento.
De acordo com o "Correio da Manhã", nos primeiros quatro meses deste ano as forças de segurança (PSP e GNR) receberam 4.111 queixas por burla com a aplicação MB Way, uma média de 34 por dia, o que quase triplica as 1.109 efetuadas durante todo o ao passado.
Segundo o mesmo diário, os lesados terão perdido cerca de 3,5 milhões de euros, com a GNR a especificar que associou 1.681 vítimas às queixas que recebeu desde o início do ano, tendo identificado 127 pessoas suspeitas destes crimes.