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EuPago, tu pagas, ele paga… E as “fintech” explodem em tempos de distanciamento social
A “fintech” EuPago, que só em março e abril abriu duas mil contas, garante que fechou 2019 na liderança do negócio, com uma faturação de 3,3 milhões de euros, à frente das suas mais diretas concorrentes, a Easypay e a Ifthenpay.
O distanciamento social imposto pela pandemia da covid-19, acompanhado pela limitação do contacto físico com objetos e superfícies, está a fermentar os meios de pagamento eletrónicos, com as "fintech" (empresas tecnológicas que prestam serviços financeiros) a capitalizarem aquilo a que agora se chama "novo normal".
A EuPago, que se apresenta como "fintech" líder em Portugal, avança que, só em março e abril, período do Estado de Emergência, "abriu duas mil contas", estimando registar "três mil novas contas" em maio e junho. Isto quando chegou ao final do ano passado com "cerca de sete mil contas".
"No período covid ajudamos cerca de duas mil empresas em dificuldade que pretendem aderir ao digital", assegura Telmo Santos, co-CEO da EuPago, em comunicado.
Entretanto, a EuPago garante que "fechou o ano de 2019 a liderar, pela primeira vez, o negócio em Portugal das instituições de pagamento".
Com base nos relatórios e contas das empresas do setor, a EuPago afiança que, com um volume de negócios de 3,3 milhões de euros em 2019 – "ultrapassando os sete milhões de transações, 270 milhões de euros em volume transaccionado" -, surge em primeiro lugar no "ranking", à frente da "Easypay, com três milhões de euros, e da Ifthenpay com 2,1 milhões de euros".
No caso da EuPago, o volume de faturação e o número de contas abertas em 2019 traduzem valores "recorde depois de ter sido a última instituição de pagamento a iniciar atividade no país", enfatiza a "fintech".
Prevendo fechar 2020 com 10 mil contas abertas, "o que deverá permitir a duplicação do volume de negócios para seis milhões de euros", e "com mais de 10 milhões de transações", a EuPago espera "muito em breve, reforçar em meio milhão de euros os seus fundos próprios, tornando-se também nesse critério a maior instituição de pagamento a atuar em Portugal", afiança a empresa.
"Não distribuímos dividendos pelos sócios e colocamos todo o capital na empresa", frisa Telmo Santos, que divide a liderança da EuPago com José Veiga.
Já em maio, a EuPago lançou um novo serviço de "backoffice" de apoio aos pequenos comerciantes – o ‘E-Shop’, que corresponde a um mini carrinho de compras de apoio a restaurantes, mercearias, drogarias, mini-mercados, entre outros.
"É um serviço para aqueles que ainda processam encomendas de forma manual, ou seja, todas as encomendas que processam telefonicamente, podem agora ser geridas no nosso ‘backoffice’, sendo emitido um ‘link’ ao cliente para pagamento da encomenda e posterior levantamento da mesma", explica o CEO da EuPago, que espera angariar 500 clientes este ano com este novo serviço, "o que deverá representar um milhão de euros de volume de negócios".