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Marques Mendes: "Poderá haver outras soluções" se Novo Banco não for vendido

Luís Marques Mendes elogiou a decisão do Banco de Portugal e Governo nas decisões recentes no dossiê do Novo Banco. Vai dizendo que a nacionalização é perigoso, já que levará a custos elevados. Mas diz que caso não seja vendido, pode haver outras soluções sem ser a nacionalização.

Luís Marques Mendes, advogado e comentador político, é o 9.º Mais Poderoso de 2016.
Negócios 08 de Janeiro de 2017 às 20:54
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Luís Marques Mendes, comentador político, considerou, nos habituais comentários na SIC, considera que o Banco de Portugal e o Governo andaram bem nos últimos episódios de venda do Novo Banco.


O Banco de Portugal por ter seleccionado "uma proposta favorita mas ao mesmo tempo indicar que era preciso continuar e aprofundar as negociações com os dois fundos concorrentes". O Banco de Portugal seleccionou a proposta da Lone Star como favorita, mas a Apollo continua na corrida.


Quanto ao Governo "andou bem" ao "impor uma linha vermelha. Não se pode vender dando garantias de Estado, ou seja, com soluções que tenham impacto negativo nas contas públicas. Ou seja, vender, sim, mas não a qualquer preço".

Marques Mendes ainda se referiu à nacionalização do Novo Banco, que ganhou novos adeptos nos últimos tempos. Mas dizendo não querer ser desmancha-prazeres "recomendaria muita atenção e prudência". Há, no seu entender, o risco "sério" de um novo BPN. "Nacionalização tem sido sinónimo de desperdício".

Por outro lado, nacionalizar obrigará o Estado a injectar dinheiro para capitalizar o banco, com agravamento da dívida e do défice.

Marques Mendes acredita até que "dificilmente Bruxelas concordará com a nacionalização", lembrando que em carta de Julho de 2016 Mário Centeno "comprometeu-se perante Bruxelas a uma de duas coisas: vender o Banco ou liquidá-lo". Mas mesmo que Bruxelas autorize, o comentador alerta para o facto de essa nacionalização só será autorizada "impondo reestruturações operacionais tão duras e tão pesadas que não serão na prática muito diferentes de uma liquidação".

Marques Mendes concluiu com a promessa de voltar ao assunto na próxima semana, até porque se a venda não for possível "sempre poderá haver outras soluções que não a aventura da nacionalização".

 

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