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Marques Mendes diz que Lone Star impôs limite até 31 de Março para comprar Novo Banco
Um dos fundos que integram a Lone Star terá dado a data de 31 de Março como limite para movimentar dinheiro para a compra do Novo Banco, segundo disse Luís Marques Mendes, advogado, no seu habitual comentário de domingo na SIC.
"A decisão [da venda do Novo Banco] tem de ser tomada até 31 de Março. É a data limite 'imposta' por um dos fundos que integra a Lone Star para movimentar receitas para a operação". O dado, que estabelece uma data limite para a venda do Novo Banco, foi dado por Luís Marques Mendes, no habitual comentário de domingo na SIC, e cujo extracto o Negócios publica.
O momento da conclusão do processo, conforme já tinha avançado o Negócios, estará para breve. Mas o processo está ainda nas mãos da Comissão Europeia. Marques Mendes diz mesmo haver um "braço de ferro entre a DGComp [Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia] e o Governo português", por causa dos 25% que o Estado directa ou indirectamente ficará a deter no Novo Banco.
Bruxelas quer que o Estado português aliene 100%, mas o que agora está em cima da mesa - naquela que foi a solução para não se dar a garantia inicialmente pedida pela Lone Star - é o Estado ficar com 25%, partilhando o risco.
Marques Mendes acredita, no entanto, que Bruxelas vai aceitar a posição portuguesa, mas com condições. A Lone Star ficará com 75% do banco, por um valor simbólico, mas "está assegurado que o Estado receberá, ao longo de 20 anos, o empréstimo de 3,9 mil milhões que fez ao Fundo de Resolução". Além da Lone Star e Estado o Novo Banco não ficará com outros accionistas, não tendo avançado a hipótese de ter empresas portuguesas como accionistas.
Os contratos de venda, acrescenta Marques Mendes, estão a ser já redigidos.