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Mais um CEO de saída de um grande banco europeu
Depois do Credit Suisse, Société Générale, Royal Bank of Scotland, ING e, mais recentemente, do HSBC, chegou agora a vez de o Barclays avançar com a mudança do seu CEO. Jes Staley deverá sair até ao final do próximo ano.
Num período que tem sido marcado pela saída de vários responsáveis de topo dos bancos, o Barclays prepara-se para dar o mesmo passo. A instituição financeira vai começar a procurar um novo presidente executivo para substituir Jes Staley.
De acordo com o Financial Times, citando duas fontes próximas do processo, Jes Staley, CEO do Barclays desde dezembro de 2015, já terá dito aos colegas que vai sair do grupo até ao final do próximo ano. As mesmas fontes adiantaram que a sua saída poderá ser oficializada na reunião anual de maio de 2021.
O conselho de administração, liderado pelo "chairman" Nigel Higgins, irá agora nomear uma empresa externa para identificar potenciais sucessores fora do banco, já que as hipóteses dentro da instituição financeira são reduzidas, refere ainda a publicação. Contactado pelo jornal, o banco não quis comentar.
A procura por um substituto acontece depois de o Barclays ter anunciado que os reguladores financeiros britânicos estão a investigar a ligação entre Staley e o milionário norte-americano Jeffrey Epstein, que alegadamente se suicidou numa cadeia norte-americana enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual. Uma ligação que o CEO do Barclays disse "lamentar profundamente".
Caso Staley tenha de se afastar do cargo mais cedo devido à investigação, o banco deverá nomear um presidente interino enquanto continua à procura de um sucessor, conforme explicou uma fonte próxima do processo ao Financial Times.
Este não é, porém, o primeiro banco europeu a avançar com uma mudança dos cargos de topo. Também o Credit Suisse, Société Générale e Royal Bank of Scotland nomearam recentemente novos CEO.
Já o ING planeia escolher um novo líder até ao outono, depois de o presidente executivo do banco holandês, Ralph Hamers, ter ido substituir Sergio Ermotti na liderança do suíço UBS.
O HSBC está igualmente à procura de um presidente executivo. Na corrida ao cargo está Noel Quinn, CEO interino da instituição financeira, depois de Jean Pierre Mustier, líder do UniCredit, ter abandonado as negociações.
O gestor português António Simões, que liderava o segmento de banca privada mundial do HSBC, chegou a ser apontado como um possível candidato, mas acabou por sair entretanto do banco britânico no âmbito da reestruturação que foi agora anunciada. O plano prevê a saída de 35 mil trabalhadores para reduzir custos.
(Notícia atualizada às 12:32.)