Notícia
Mais digital, sem contacto e mais "bairrista": como a pandemia mudou o consumo em Portugal
O comércio digital tem hoje o dobro do peso, o "contactless" representa uma fatia cada vez maior dos pagamentos e o comércio de proximidade, dentro dos bairros de residência, tem cada vez mais adeptos.
Passou um ano desde que, a 18 de março de 2020, foi decretado o primeiro Estado de Emergência em Portugal. Num período marcado por dois confinamentos e a imposição de restrições à circulação e à atividade económica, o consumo travou a fundo neste último ano. Mas, mais do que isso, o consumo não é igual ao que existia antes da chegada da pandemia a Portugal. Hoje, o comércio digital tem o dobro do peso, o "contactless" representa uma fatia cada vez maior dos pagamentos e o comércio de proximidade, dentro dos bairros de residência, tem cada vez mais adeptos.
Estas são algumas das conclusões que constam do relatório "365 dias de pandemia", realizado pela SIBS e publicado esta quinta-feira, 18 de março. A gestora do Multibanco faz uma análise à evolução do consumo em Portugal nos últimos 365 dias, diferenciando três períodos o primeiro confinamento, as fases de restrições e o segundo confinamento.
Desde logo, destaca-se o crescimento exponencial do comércio digital. "O peso do comércio digital no total das compras subiu de 10% no 'antigo normal' para 18% no segundo período de confinamento, sendo superior aos 15% registados no primeiro confinamento, demonstrando uma crescente adoção do canal digital", indica o relatório.
Os setores de comércio alimentar e de material desportivo apresentaram os crescimentos mais acelerados nas compras digitais. No comércio alimentar, as compras digitais chegaram mesmo a duplicar: este setor cresceu 109% neste canal durante o primeiro confinamento e 97% durante o segundo confinamento. No material desporto, o crescimento foi ainda maior: 114% no primeiro confinamento e 190% no segundo. Em sentido contrário, os transportes de passageiros sofreram a maior quebra nas compras online, de 75% e 52% no primeiro e segundo confinamento, respetivamente.
A acompanhar o crescimento das compras online, também os pagamentos com cartão com tecnologia "contactless" estão a aumentar de forma significativa. No segundo confinamento, quase quatro em cada 10 pagamentos com cartão (39%) já foram feitos com "contactless", um valor que compara com 12% no período pré-pandemia, indica a SIBS.
Em sentido contrário, as compras em lojas físicas sofreram quebras acentuadas, um movimento também explicado pelo facto de vários estabelecimentos comerciais terem sido obrigados a encerrar. Mesmo assim, há diferenças entre o primeiro e o segundo confinamento.
No período de 18 de março a 3 de maio, que corresponde ao primeiro confinamento, as compras em lojas físicas caíram 47% face a igual período de 2019. Já no período de 15 de janeiro a 17 de março de 2021, a queda foi de 29% em relação ao período homólogo.
Ao mesmo tempo, indica a SIBS, o comércio de proximidade, onde se incluem as mercearias e minimercados, "foi o setor que mais cresceu nas compras físicas, assumindo-se como exceção à regra de quebra do consumo". Este setor, nota o relatório, "foi contra cíclico, por ter registado um número de transações superior ao homólogo durante este ano de pandemia".
Já os setores de transporte de passageiros e alojamento turístico foram os mais penalizados nas compras físicas, com uma quebra de 95% no consumo durante o primeiro confinamento e de 75% no segundo.
Estas são algumas das conclusões que constam do relatório "365 dias de pandemia", realizado pela SIBS e publicado esta quinta-feira, 18 de março. A gestora do Multibanco faz uma análise à evolução do consumo em Portugal nos últimos 365 dias, diferenciando três períodos o primeiro confinamento, as fases de restrições e o segundo confinamento.
Os setores de comércio alimentar e de material desportivo apresentaram os crescimentos mais acelerados nas compras digitais. No comércio alimentar, as compras digitais chegaram mesmo a duplicar: este setor cresceu 109% neste canal durante o primeiro confinamento e 97% durante o segundo confinamento. No material desporto, o crescimento foi ainda maior: 114% no primeiro confinamento e 190% no segundo. Em sentido contrário, os transportes de passageiros sofreram a maior quebra nas compras online, de 75% e 52% no primeiro e segundo confinamento, respetivamente.
A acompanhar o crescimento das compras online, também os pagamentos com cartão com tecnologia "contactless" estão a aumentar de forma significativa. No segundo confinamento, quase quatro em cada 10 pagamentos com cartão (39%) já foram feitos com "contactless", um valor que compara com 12% no período pré-pandemia, indica a SIBS.
Em sentido contrário, as compras em lojas físicas sofreram quebras acentuadas, um movimento também explicado pelo facto de vários estabelecimentos comerciais terem sido obrigados a encerrar. Mesmo assim, há diferenças entre o primeiro e o segundo confinamento.
No período de 18 de março a 3 de maio, que corresponde ao primeiro confinamento, as compras em lojas físicas caíram 47% face a igual período de 2019. Já no período de 15 de janeiro a 17 de março de 2021, a queda foi de 29% em relação ao período homólogo.
Ao mesmo tempo, indica a SIBS, o comércio de proximidade, onde se incluem as mercearias e minimercados, "foi o setor que mais cresceu nas compras físicas, assumindo-se como exceção à regra de quebra do consumo". Este setor, nota o relatório, "foi contra cíclico, por ter registado um número de transações superior ao homólogo durante este ano de pandemia".
Já os setores de transporte de passageiros e alojamento turístico foram os mais penalizados nas compras físicas, com uma quebra de 95% no consumo durante o primeiro confinamento e de 75% no segundo.