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Maiores bancos a operar nos EUA passaram todos nos testes de stress
O banco central dos EUA, liderado por Janet Yellen, divulgou esta noite os resultados dos testes de resiliência às 34 maiores instituições financeiras que operam no país. E todas passaram no exame.
A Reserva Federal norte-americana divulgou esta quinta-feira, 22 de Junho, os resultados da primeira parte dos seus testes de stress anuais à banca, realizados no âmbito da Lei Dodd-Frank promulgada após a crise financeira de 2008.
E as conclusões são animadoras: os 34 bancos escrutinados tiveram todos cartão verde quanto à sua capacidade de resistirem a choques económicos.
No ano passado, na segunda fase dos testes, em que se analisam as propostas de distribuição de dividendos aos accionistas, o Morgan Stanley foi obrigado a reformular o seu plano, de modo a atender a uma "debilidade material". Os resultados dessa segunda fase serão divulgados na próxima semana.
"Os resultados deste ano mostram que, mesmo que ocorresse uma grave recessão, os nossos grandes bancos continuariam bem capitalizados", declarou Jerome Powel, um dos governadores da Fed, numa declaração sobre as conclusões do banco central.
No ano passado, nos resultados dos testes de stress realizados a 33 grandes instituições financeiras houve dois chumbos: as unidades norte-americanas do alemão Deutsche Bank e do espanhol Santander. E um terceiro, o Morgan Stanley, passou à justa.
Ambas as unidades destes bancos europeus a operarem nos EUA tinham já recebido cartão vermelho nos testes de stress de 2015, e também em termos qualitativos, por não preencherem os critérios previstos. O Santander Holdings USA também já tinha sido chumbado em 2014, devido a problemas ao nível da "governance", controlos internos, gestão de risco e sistemas de informação.
Nesta análise da Fed à robustez financeira das maiores instituições financeiras a operarem nos EUA (o requisito é que tenham mais de 50 mil milhões de dólares em activos) a Fed avalia avalia se estas dispõem de amortecedores de capital suficientes para sobreviverem a uma crise semelhante à de 2008.
Esta avaliação à qualidade dos activos da banca, conhecida como Comprehensive Capital Analysis and Review (CCAR [Análise e Avaliação Abrangente do Capital]), é essencial para os bancos, já que determina se eles podem avançar com os seus programas de distribuição de dividendos e de recompra de acções nos próximos 12 meses.
(notícia actualizada às 23:01)