O Credit Agricole fechou o segundo trimestre deste ano com lucros de 1,16 mil milhões de euros, uma subida de 26% face ao mesmo período do ano passado.

O resultado líquido do terceiro maior banco francês ficou acima do esperado pelos analistas, que apontavam para 994 milhões de euros.

Neste período a instituição encaixou 328 milhões de euros com a venda de uma participação na Visa Europe, que ajudou a compensar a queda das receitas da unidade de retalho.

"Num ambiente estruturalmente difícil, o Credit Agricole está a mostrar alguns elementos positivos", disse o CEO do banco Brassac Philippe Brassac, numa conference calL com jornalistas, esta quarta-feira. "O nível e qualidade de solvência do Credit Agricole não levantam dúvidas".

O rácio de capital fixou-se em 14,2% no final de Junho, uma subida face aos 13,9% de há três meses.

O Credit Agricole está a terminar um processo de reestruturação que anunciou em Fevereiro para simplificar a sua estrutura. A instituição está a vender as suas participações em cerca de três dezenas de bancos regionais, numa transacção de 18 mil milhões de euros que irá reforçar o capital e resultar em ganhos no terceiro trimestre.

As receitas do LCL, a unidade francesa de banca de retalho do Crédit Agricole, desceram 10% no trimestre, com as taxas de juro baixas a pesarem sobre as margens de crédito. O resultado líquido subjacente - que exclui ganhos e perdas extraordinários - caiu 38%.

As acções do banco francês sobem 2,69% para 7,798 euros, depois de terem chegado a valorizar mais de 4%.