O Barclays fechou o primeiro trimestre deste ano com lucros antes de impostos de 793 milhões de libras (cerca de 1,02 mil milhões de euros), uma quebra de 25% face aos 1,1 mil milhões de libras registados no mesmo período do ano passado. A penalizar os resultados do banco sediado em Londres esteve sobretudo a queda das receitas do negócio da banca de investimento.
Num comunicado divulgado esta quarta-feira, 27 de Abril, o CEO do Barclays, Jes Staley, garante que a instituição vai acelerar a redução dos negócios non-core (não estratégicos) e tentar melhorar a rentabilidade da banca de investimento.
Tal como os seus pares norte-americanos, o banco de investimento do Barclays foi penalizado pela quebra dos volumes de negociação no início do ano, num contexto de forte volatilidade nos mercados.
Os lucros antes de impostos desta unidade diminuíram 31% nos primeiros três meses do ano para 701 milhões de libras, sobretudo devido à queda da negociação de títulos de dívida.
O Barclays já havido alertado, no mês passado, que o primeiro trimestre seria mais fraco do que o período homólogo de 2015 devido às condições de mercado turbulentas e um Março de 2015 "particularmente forte".
No mês passado, a instituição anunciou também um corte do dividendo de 6,5 para 3 pences, em 2016, e uma reestruturação do negócio, que inclui a redução das operações em África. O objectivo é reduzir a participação de 62% no Barclays Africa Group durante os próximos dois ou três anos.
O plano de reestruturação implicará ainda simplificação da estrutura de negócio, que será organizada em duas divisões: o Barclays UK e o Barclays Corporate and International.
São, de acordo com o presidente do banco, "iniciativas para acelerar a nossa estratégia e simplificar o grupo".