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Lucros do Lloyds mais do que duplicam no terceiro trimestre

Os lucros antes de impostos do banco liderado por António Horta Osório ascenderam a 2 mil milhões de libras no terceiro trimestre do ano. Estes resultados foram impulsionados pela ausência de provisões de seguro de créditos, de acordo com o Financial Times.

Miguel Baltazar/Negócios
25 de Outubro de 2017 às 08:52
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Os lucros antes de impostos do britânico Lloyds mais do que duplicaram no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. A instituição liderada por António Horta Osório obteve neste indicador resultados de 1.951 milhões de libras (mais de 2.170 milhões de euros) de Julho a Setembro. Valor que compara com lucros antes de impostos de 811 milhões de libras obtidos em igual período do ano passado e que, segundo o Financial Times, superou as estimativas dos analistas.

 

Os lucros da instituição foram suportados, de acordo com o mesmo periódico, pela ausência de provisões para a devolução a clientes de montantes relacionados com seguros de crédito subscritos de forma desnecessária ou sem conhecimento do cliente.

Enquanto maior instituição de crédito do Reino Unido, o Lloyds foi o banco que mais vendeu este tipo de produtos, o que levou a que tivesse de provisionar cerca de 17 mil milhões de libras para compensar clientes a quem terá cobrado a mais. No terceiro trimestre do ano passado, o banco liderado por Horta Osório teve de fazer uma reserva de mil milhões de libras neste âmbito.  

 

Os custos ligeiramente mais baixos ajudaram também em parte aos lucros da instituição, com o rácio custo-benefício a descer 46%, contra 47,5% um ano antes. Após impostos, o grupo apurou lucros de 1.470 milhões de libras, contra 219 um ano antes, no mesmo período.

 

"Nos primeiros nove meses do ano tivemos um desempenho financeiro forte com um aumento dos lucros, uma melhoria significativa nos retornos e uma forte geração de capital", disse Horta Osório, CEO do banco, citado pelo FT.

 

Em Maio deste ano, o Estado britânico vendeu as últimas acções que detinha no Lloyds, tendo obtido um lucro de 900 milhões de libras (1.060 milhões de euros) para os contribuintes do país.

 

"O governo britânico anunciou (...) a venda das últimas acções no Lloyds Banking Group, recebendo mais de mil milhões de euros acima do valor que investiu no banco", comentou na altura Horta-Osório em comunicado, relativamente a esta operação.

 

Desde então, o banco é totalmente privado. O Estado britânico ficou com 43,4% do capital do Lloyds em 2009, depois da fusão entre o HBOS e este último banco. Na altura, o Tesouro injectou no Lloyds 20,5 mil milhões de libras. O Tesouro começou a vender parcelas de acções em Setembro de 2013.

(notícia actualizada às 9:20 com mais informação)

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