Notícia
Lucros do Crédito Agrícola caem para 69,5 milhões de euros
O banco liderado por Licínio Pina registou imparidades de crédito acumuladas na ordem dos 400 milhões de euros em setembro.
"O grupo tem vindo a dar continuidade a uma gestão sã e prudente, indispensável no atual contexto macroeconómico, refletida em imparidades de crédito acumuladas a setembro de 2020 de 404 milhões de euros, valor que confere um nível de cobertura de NPL [crédito malparado] por imparidades de 44,7% e uma cobertura de NPL por imparidades e colaterais de 134,7%", refere o banco num comunicado divulgado esta terça-feira, 24 de novembro.
Neste período, o Crédito Agrícola registou uma quebra de 36,2% no negócio bancário, para 56,6 milhões de euros, "num período marcado pela segunda vaga da pandemia provocada pelo coronavírus".
Já em termos de composição do produto bancário, indica, a margem financeira diminuiu 3,2% para 7,8 milhões de euros, face ao período homólogo.
"Por outro lado, a margem técnica do negócio segurador registou uma variação homóloga de +2 milhões de euros (+6,1%), assim como as comissões líquidas, que aumentaram 5,3 milhões de euros (+7,3%) e os resultados das operações financeiras (+17,1 milhões de euros, o que se traduz num crescimento de 34,8%)", refere o banco no comunicado.
Quanto à carteira de crédito (bruto), esta alcançou os 11 mil milhões de euros em setembro, o que representa um aumento de 6,6% nos últimos 12 meses.
Os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários também cresceram (11,4%) para perto de 16,4 mil milhões de euros, em termos homólogos.
Mais de 20 mil moratórias
O Crédito Agrícola aprovou, até ao final de setembro, moratórias no total de 2.544 milhões de euros. Este valor corresponde a 20.470 contratos, indica o banco no comunicado divulgado esta terça-feira.
Além desta medida criada pelo Governo - e depois complementada pela banca - para apoiar as famílias e empresas mais penalizadas pelo impacto da pandemia, a instituição financeira liderada por Licínio Pina concedeu 232,4 milhões de euros ao abrigo das linhas de crédito protocoladas covid-19, com a garantia do Estado, apoiando 2.883 empresas nacionais.
Além disso, refere, o banco lançou em meados de setembro "uma nova linha de apoio ao setor social covid-19, protocolada covid-19, com a garantia do Estado, destinada ao financiamento das necessidades de tesouraria das IPSS e das entidades da economia social".