Notícia
Lucros do Crédito Agrícola caem para 33,8 milhões no primeiro trimestre
Nos primeiros três meses do ano, o banco liderado por Licínio Pina aprovou moratórias num valor total de 2.088 milhões de euros, dos quais 1.981 milhões de euros correspondem à moratória legal.
Neste período, o "negócio bancário contribuiu com 29,3 milhões de euros", o que representa uma descida de 20% face ao período homólogo, explica o banco num comunicado enviado esta quarta-feira, 20 de maio.
O banco refere ainda que "tem vindo a dar continuidade a uma gestão prudente, refletida em imparidades de crédito acumuladas a março de 2020 de 395 milhões de euros, valor que confere um nível de cobertura de NPL ("Non Performing Loans", ou crédito malparado) por imparidades de 42,4% e uma cobertura de NPL por imparidades e colaterais de 132%".
Já em termos da qualidade da carteira de crédito do grupo, o rácio bruto de NPL situava-se nos 9% no final de março.
Quando aos rácios de capital, o Crédito Agrícola registava um rácio CET1 de 16,9%, "valor superior aos níveis mínimos recomendados", salienta a instituição financeira. Em termos de rentabilidade, o ROE situou-se nos 7,5%.
Banco aprova mais de 2 mil milhões em moratórias
No contexto da atual pandemia, os bancos têm vindo a disponibilizar moratórias no crédito, de maneira a darem mais tempo aos clientes para pagarem as suas dívidas. No caso do Crédito Agrícola já foram aprovados mais de dois mil milhões de euros.
"No âmbito da atual pandemia covid-19, e com referência a 14 de maio de 2020, o Crédito Agrícola dá nota que aprovou moratórias num valor total de 2.088 milhões de euros, dos quais 1.981 milhões de euros respeitam à moratória legal" que foi aprovada pelo Estado, refere o banco no mesmo comunicado.
Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, afirmou esta semana que, até 15 de maio, o total de moratórias concedido rondava os 3,3 mil milhões de euros, em termos de capital e juros, correspondente a uma dívida total em torno dos 30 mil milhões de euros.