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Lucros do Crédito Agrícola baixam para 50 milhões no semestre

O banco aumentou o crédito e os depósitos e constituiu uma provisão extraordinária de 17,4 milhões de euros "para salvaguardar riscos potenciais relacionados com o reconhecimento de imparidades".

O Crédito Agrícola aprovou mais de 2 mil milhões em moratórias.
Manuel de Almeida
13 de Agosto de 2020 às 13:55
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Os resultados líquidos do Grupo Crédito Agrícola desceram 32,7% para 50,1 milhões de euros, com a instituição financeira a ser penalizada pela pandemia tal com as restantes instituições financeiras em Portugal.

O negócio bancário sofreu uma queda no lucro de 36,5% para 40,1 milhões de euros, sendo que a penalizar os resultados esteve também a constituição de uma provisão extraordinária de 17,4 milhões de euros "para salvaguardar riscos potenciais relacionados com o reconhecimento de imparidades na carteira de crédito e desvalorização de unidades de participação de fundos imobiliários".

Os bancos portugueses têm reforçado o nível de provisões para fazer face a perdas futuras relacionadas com a pandemia, o que tem penalizado os lucros. Os resultados líquidos do BCP desceram 55% para 76 milhões de euros, os da Caixa Geral de Depósitos caíram 41% para 249 milhões de euros e os do Santander Totta baixaram 37,3% para 172,9 milhões de euros.

No primeiro semestre a margem financeira desceu 3,9% para 156,3 milhões de euros. O produto bancário subiu 8,3% (mais do dobro da subida de 4% dos custos) com o banco a beneficiar com o aumento de 13,2% das comissões líquidas e dos resultados das operações financeiras, que mais do que duplicaram para 66,7 milhões de euros.

Na atividade seguradora os lucros desceram 5% para 7,4 milhões de euros e os resultados registados nos veículos de desinvestimento imobiliário penalizaram os lucros em 4,7 milhões de euros, ainda assim um valor inferior ao ano passado.

A carteira de crédito bruto a clientes aumentou 5,8% para 10,8 mil milhões de euros, o que permitiu ao banco reforçar a quota de mercado neste segmento para 5,7%, "num movimento que se verifica consistentemente há 6 anos consecutivos".

Os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários totalizavam registaram um crescimento superior (+11,2% para 15,8 mil milhões de euros), o que permitiu ma descida do rácio de transformação para 66% (68,8% em junho de 2019).

No comunicado com o anúncio dos resultados o Crédito Agrícola revela que o rácio de de Non Performing Loans (NPL), que mede o crédito mal parado situava-se em 8,9% no final de junho.

O banco diz ter um "confortável nível de solvabilidade", com um rácio common equity tier 1 (CET1) de 16,8% e um nível de cobertura de liquidez (rácio LCR) de 409%, "ambos os rácios bem acima dos níveis mínimos recomendados".

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