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Lucros do Crédito Agrícola caem 34% para 86,5 milhões em 2020
O banco liderado por Licínio Pina reforçou as imparidades e provisões em 72,4 milhões de euros para responder a potenciais perdas provocadas pelo contexto macroeconómico.
De acordo com um comunicado do Crédito Agrícola, divulgado esta quinta-feira, o "produto bancário do grupo aumentou 27,9 milhões de euros (mais 5,2% face a 2019), passando de 541,5 milhões de euros em 2019 para 569,4 milhões de euros em 2020".
Neste período, o banco reforçou as imparidades e provisões em 72,4 milhões de euros, sendo 54,2 milhões de euros referentes a imparidades de crédito, "tendo em conta o contexto económico perspectivado", refere o Crédito Agrícola no mesmo comunicado.
Relativamente à qualidade da carteira de crédito, o rácio de NPL [crédito malparado] situou-se nos 8,1% em 2020, uma melhoria face a 9,2% no ano anterior. A nível dos rácios de capital, o rácio CET1 aumentou em 3,4 pontos percentuais para 18%. Já a rentabilidade dos capitais próprios médios (ROE) situou-se nos 4,9%.
2.654 milhões de crédito em moratória
No negócio bancário, a carteira de crédito bruto a clientes aumentou 6,1% para 11,3 mil milhões de euros. "Esta evolução resultou do crescimento de 8,6% no crédito a empresas e administração pública (de 6,5 mil milhões de euros em 2019 para 7 mil milhões de euros em 2020) e de 2,1% no crédito a particulares (+88 milhões de euros face ao período homólogo de 4,1 mil milhões de euros para 4,2 mil milhões de euros)", refere a instituição financeira no comunicado.
Também os depósitos de clientes aumentaram de 15,3 mil milhões de euros para 17,2 mil milhões de euros no mesmo período.
Quanto às linhas de crédito covid-19, com garantia do Estado, o Crédito Agrícola concedeu 264,4 milhões de euros, apoiando 3.758 empresas nacionais.