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Lucros do Crédito Agrícola caem 34% para 86,5 milhões em 2020

O banco liderado por Licínio Pina reforçou as imparidades e provisões em 72,4 milhões de euros para responder a potenciais perdas provocadas pelo contexto macroeconómico.

O Crédito Agrícola, liderado por Licínio Pina, já aprovou a lista de órgãos sociais da Caixa Agrícola de Salvaterra de Magos.
Miguel Baltazar
18 de Março de 2021 às 12:00
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Os lucros do Crédito Agrícola caíram para 86,5 milhões de euros no total do ano passado. Um valor que representa uma descida de 34,2% em comparação com os 131,5 milhões de euros registados no ano anterior. Isto num período em que o banco reforçou as imparidades e provisões em mais de 70 milhões de euros. 

De acordo com um comunicado do Crédito Agrícola, divulgado esta quinta-feira, o "produto bancário do grupo aumentou 27,9 milhões de euros (mais 5,2% face a 2019), passando de 541,5 milhões de euros em 2019 para 569,4 milhões de euros em 2020".

Para esta evolução, diz, contribuiu a manutenção da margem financeira e o aumento dos resultados de operações financeiras. Já as comissões líquidas aumentaram 1,8 milhões de euros, mais 1,1% face a 2019.

Neste período, o banco reforçou as imparidades e provisões em 72,4 milhões de euros, sendo 54,2 milhões de euros referentes a imparidades de crédito, "tendo em conta o contexto económico perspectivado", refere o Crédito Agrícola no mesmo comunicado. 

Relativamente à qualidade da carteira de crédito, o rácio de NPL [crédito malparado] situou-se nos 8,1% em 2020, uma melhoria face a 9,2% no ano anterior. A nível dos rácios de capital, o rácio CET1 aumentou em 3,4 pontos percentuais para 18%. Já a rentabilidade dos capitais próprios médios (ROE) situou-se nos 4,9%.

2.654 milhões de crédito em moratória
No negócio bancário, a carteira de crédito bruto a clientes aumentou 6,1% para 11,3 mil milhões de euros. "Esta evolução resultou do crescimento de 8,6% no crédito a empresas e administração pública (de 6,5 mil milhões de euros em 2019 para 7 mil milhões de euros em 2020) e de 2,1% no crédito a particulares (+88 milhões de euros face ao período homólogo de 4,1 mil milhões de euros para 4,2 mil milhões de euros)", refere a instituição financeira no comunicado. 

Também os depósitos de clientes aumentaram de 15,3 mil milhões de euros para 17,2 mil milhões de euros no mesmo período. 

O banco liderado por Licínio Pina revela ainda que, no final de dezembro, tinha 2.654 milhões de euros em moratórias aprovadas pelo grupo, num total de 31.572 contratos. Deste montante, 76,5% concedidas a empresas, 14,5% referentes a crédito à habitação e 9% a outros créditos a particulares.

Quanto às linhas de crédito covid-19, com garantia do Estado, o Crédito Agrícola concedeu 264,4 milhões de euros, apoiando 3.758 empresas nacionais.

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