Notícia
Lucro do BPI sobe 28% para 327 milhões de euros até junho
Operação em Portugal contribuiu com 268 milhões.
O BPI registou um lucro de 327 milhões de euros no primeiro semestre, um valor 28% acima dos 256 milhões verificados no período homólogo.
A operação em Portugal contribuiu com 268 milhões de euros, um valor 35% superior ao de há um ano.
A margem financeira cresceu 13% para 491 milhões de euros, abrandando o ritmo dos últimos anos, num momento em que o Banco Central Europeu já iniciou uma descida dos juros. É um regresso à normalidade, referiu o presidente executivo do banco, João Pedro Oliveira e Costa.
As comissões renderam 168 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 14% face a junho de 2023.
A carteira de crédito a particulares manteve-se praticamente inalterada nos 16,3 mil milhões de euros. O valor resulta de um aumento de 2% no crédito à habitação, conjugado com uma queda de 10% nos restantes empréstimos a famílias. Já a carteira de crédito a empresas evoluiu 5%, atingindo 11,7 mil milhões de euros.
Os empréstimos ao setor público caíram 2%.
No lado dos depósitos verificou-se um aumento de 6% da carteira, que atinge 30,4 mil milhões de euros.
No final de junho, o BPI tinha rácios de capital acima dos requisitos regulamentares. O rácio de capital total era de 17,5%, enquanto o CET 1 era de 13,8%.
"O problema do crédito à habitação não é o crédito, é a habitação"
O CEO do BPI considera que o impacto da garantia pública de apoio a jovens que contratem crédito à habitação será limitado.
"Vai ter impacto? Muito, acho que não. Algum? Sim". As perguntas e respostas foram feitas pelo próprio João Pedro Oliveira e Costa quando foi questionado sobre o tema.
"O principal problema do crédito à habitação não é o crédito, é a habitação", afirmou o presidente executivo da instituição financeira, apontando para o problema no lado da oferta de habitação.
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