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Lucro do BCP sobe 90% para 215 milhões de euros

Lucro no período homólogo tinha sido de 112,9 milhões de euros. O CEO, Miguel Maya, destacou o "enorme rigor na gestão dos custos operacionais", que cresceram 5,3% num contexto de inflação.

Sérgio Lemos
15 de Maio de 2023 às 17:02
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O BCP registou um lucro de 215 milhões de euros nos primeiros três meses de 2023. O resultado representa uma melhoria de 90,5% face aos 112,9 milhões de euros obtidos no mesmo período do ano passado.

Em Portugal, a instituição financeira lucrou 170,8 milhões, mais 59% do que os 107,6 milhões verificados nos primeiros três meses de 2022.

Na apresentação de resultados, o CEO Miguel Maya destacou o reforço dos rácios de capital do banco, com o CET1 a atingir 13,6% e o rácio de capital total a fixar-se nos 18%.

A margem financeira cresceu de 465,1 milhões de euros nos primeiros três meses de 2022 para 664,6 milhões no mesmo período deste ano (mais 42,9%). Em Portugal, a diferença entre os juros cobrados nos créditos e pagos nos depósitos atingiu 339,9 milhões, mais 60,5% do que os 221,8 milhões verificados há um ano.

A margem financeira beneficiou, disse Miguel Maya, "da normalização das taxas de juro".

A carteira de depósitos a prazo em Portugal melhorou de 16,4 mil milhões de euros para 19,5 mil milhões de euros. Os depósitos à ordem desceram de 32,6 mil milhões de euros para 32 mil milhões de euros.

No balanço consolidado, os recursos totais de clientes evoluíram 0,8%, de 91,4 milhões de euros para 92,1 mil milhões de euros.

Em sentido contrário, a carteira de crédito recuou 2% em termos consolidados, de 58,5 mil milhões para 57,3 mil milhões de euros.

No final de março, o crédito à habitação (consolidado) valia 27,7 milhões de euros, menos do que os 28,2 milhões verificados há um ano.

O crédito pessoal manteve-se estável, em torno de 6 mil milhões de euros.

O volume de empréstimos a empresas desceu de 24,3 mil milhoes de euros para 23,5 mil milhões de euros.

Em Portugal, o volume de empréstimos caiu 0,9%, de 40,3 mil milhões de euros para 39,9 mil milhões de euros,

O CEO referiu ainda o "enorme rigor na gestão dos custos operacionais", que cresceram 5,3% num contexto de inflação.

Miguel Maya fez questão de sublinhar que, dos principais objetivos que o banco desenhou no plano estratégico "Superação 24", o BCP já atingiu todos menos um: o rating ESG, que está nos 69%, numa meta que aponta para 80% em 2024.

Os rácios cost-to-income, o custo do risco, o Return On Equity, o rácio NPE e a proporção de clientes mobile já atingiram as metas previstas para o final do próximo ano.

Polónia com contributo positivo

O Bank Millennium, detido pelo BCP na Polónia – e que nos últimos anos, por via das provisões para fazer face ao problema dos créditos concedidos em francos suíços, tem tido um impacto negativo nas contas da instituição portuguesa - deu um contributo positivo de 53,6 milhões de euros. Há um ano, o resultado tinha sido negativo em 26 milhões de euros. Foi o segundo trimestre consecutivo de resultados positivos na operação polaca.

O banco explica que o resultado foi "influenciado maioritariamente por encargos associados à carteira de créditos hipotecários em francos suíços (que incluem o impacto extraordinário da revisão da metodologia de provisionamento para riscos de litigância) e pelo proveito resultante da alienação de 80% na Millennium Financial Services".

O desempenho da operação em Moçambique melhorou, passando de 25,2 milhões para 28,7 milhões de euros.
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